Muitas pessoas, hoje em dia, pensam que é absolutamente normal e inevitável utilizar cantos protestantes em nossas celebrações (até na Santa Missa!). Pois bem, no ano de 2005, Dom Estêvão publicou um pequeno artigo sobre o assunto que vale à pena ser lembrado:
"Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:
1) Lex orandi lex credendi (Nós oramos oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: exsistem grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se exprime na oração já diziam os primeiros cristãos dos primeiros séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana ( que debatia a divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de hinos religiosos, ao que Sto. Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.
Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo promulgava a existência de igrejas nacionais subordinadas não ao Papa , mas ao monarca. Em conseqüência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão.
Pois bem, os protestantes têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do que a católica.
2) Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: a Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestra... Esses temas não podem faltar numa autentica espiritualidade cristã.
3) Deve-se estimular a produção de cânticos católicos com base na doutrina da fé."
Dom Estêvão Bittencourt, OSB
PR, ano XLVI, Junho de 2005, n. 516, p. 288
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