quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rezar à Jesus e com Jesus

 



É bonito constatar como, ao longo dos tempos, o amor a Jesus faz nascer na Igreja que crê uma ladainha de invocações, que toca profundamente nosso coração. Quem não conhece, por exemplo, a beleza das ladainhas do coração de Jesus? Aliás, eu convido voc~e a reza-las não só nas primeiras sextas-feiras, mas todos os dias, pensando em uma ivocação que o(a) aproxime de Jesus. Podemos recolher muitas ivocações a Jesus que encontramos espalhadas, como pérolas preciosas no Novo Testamento e grava-las em nosso coração. Em nosso amor a Jesus, podemos também inventar outras que estejam em sintonia com nossa afetividade e com a fé que partilhamos na Igreja.
"A oração da Igreja, alimentada pela Palavra de Deus, e a celebração da Liturgia nos enviam a orar ao Senhor Jesus. Ainda que esta oração seja dirigida, sobretudo, ao Pai , ela inclui, em todas as tradições litúrgicas, formas de oração dirigidas a Cristo. Certos Salmos, conforme sua atualização na Oração da Igreja, e o Novo Testamento põem em nossos lábios e gravam em nossos corações as invocações desta oração a Cristo: Filho de Deus, Verbo de Deus, Senhor, Salvador, Cordeiro de Deus, Rei, Filho bem-amado, Filho da Virgem, Bom Pastor, nossa Vida, nossa Luz, nossa Esperança, nossa Ressureição, Amigo dos homens..." (CIC 2665).
Veja que esta ladainha de nomes bíblicos não está completa. É você que tem o privilégio de ir completando-a! Eu gosto muito de dizer a Jesus: "Filho do carpinteiro, que tinha as mãos cheias de calos, tende piedade de mim!"
Muitos vezes, nossas orações, em vez de louvor ou adoração, são listas de supermercado, com pedidos até inúteis. Gostaríamos que Jesus fosse o " Banco do Basil" e que nos desse dinheiro e pouco trabalho. Contudo, isso não pode acontecer! O caminho que ele apresenta é o de esforço humano, unido sempre a graça de Deus, que nunca nos falta.
Reze a Jesus, fale com ele sobre todos os seus problemas, suas alegrias e suas tristezas. Quando as pessoas me pedem alguma coisa difícil ou fácil, eu costumo antes de dar a resposta, dizer " Falarei sobre isso com Jesus". E garanto que ele sempre tem dado a mim bons conselhos e não me deixa errar muito.

Autor: Frei Patricio Sciadini
Fonte: Mensageiro do Coração de Jesus

Padre Francisco Rodrigues da Cruz

Grande exemplo de Santidade!



Padre Francisco Rodrigues da Cruz, mais conhecido pelo «Santo» Padre Cruz. Tem alcançado inúmeras graças junto de Deus, nosso Pai. Deixo vos uma imagem e uma breve biografia da sua grande vida. Bem-haja! 


Francisco Rodrigues da Cruz nasceu a 29 de Julho de 1858 em Alcochete, Diocese de Setúbal, Portugal. Depois dos primeiros estudos, partiu para Coimbra e cursou na Faculdade de Teologia, sendo ordenado sacerdote a 3 de Junho de 1882.

Entretanto, é proclamada a República e com ela a perseguição à Igreja. Ele visita muitos padres nas cadeias e protege o Santíssimo Sacramento em muitas igrejas abandonadas para não ser profanado.

Conhecido como “Homem de Deus e dos pobres”, empenhou-se profundamente na sua missão de pregar, confessar, converter os pecadores, visitar Igrejas e hospitais, consolar os pobres e os aflitos; missão que estendeu à Madeira e aos Açores. Percorria incansavelmente as zonas mais pobres. Ajudava com as poucas moedas que tinha e com as suas palavras de conforto os mais fragilizados pela vida. A sua linguagem era simples, humilde, directa e sincera, tocava no coração dos que o ouviam. 

Contam-se muitos milagres na sua vida mas… o maior milagre era ele mesmo, a sua bondade para com os outros e o seu ardente amor a Deus.
Teve a honra de confessar e dar a primeira comunhão à Irmã Lúcia em Fátima e rezou o terço com os pastorinhos. 

O Padre Cruz foi um sacerdote exemplar, derramando por toda a parte a graça e o perdão de Deus e a Palavra do Evangelho. Ele diz nos directamente que devemos acolher os pecadores, “pregar enquanto houver ouvintes, e rezar até já não se poder mais”. 

Foi um verdadeiro homem de Deus, de grande oração e devoção particularmente ao Coração de Jesus e à Sua Paixão

Em 1940, já com 81 anos, realizou o sonho da sua vida: ser jesuíta.

Parte para a Casa do Pai a 1 de Outubro de 1948, no 1º dia do mês do Rosário e 1ª sexta-feira, como tinha desejado, dada a sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Após solenes exéquias na Sé de Lisboa, ficou sepultado no cemitério de Benfica, onde se encontra até hoje. Grandes romarias e muitos fiéis visitam o seu jazigo diariamente. Todos esperamos proclama-lo oficialmente “santo” embora os nossos corações já sejam para ele um altar. 

O coordenador 
Ruben Ferreira

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Viva Santo Antônio!

Nota: Este tradicional hino de Santo Antônio é belissimo, diz resumidamente tudo sobre a vida deste grande santo, mas que você só irá entender a letra dele se você assistir o video e ler a matéria abaixo. Vale a pena verificar, eu lhe garanto que você ficará bem mais fervoso na sua vida de cristão, ao ver o ardor e a firmeza de Santo Antônio no seguimento de Cristo Nosso Senhor.


Hino de Santo Antônio

Bem mereceste/ter com amor/ em vossos braços/ O Salvador.



Salve Grande Antonio/ Santo Universal/Que amparais aflitos /contra todo mal

Bem mereceste...

Desprezando as honras / pela sã pobreza/ A Jesus vos destes/com ardor e firmeza

Bem Mereceste...



Em santas missões / Povos converteu/ vossa lingua Santa/ que não pereceu.

Bem mereceste...

No berço sou glória/Para os lusitanos/ e depois grandeza/dos italianos.

Bem mereceste...

Irmão protetor/ Sois dos brasileiros/ Que milagres contam / por século inteiro.

Bem mereceste...



Paz e Bem!

Santo Antônio de Pádua


Este video lhe ajudará a compreender melhor um pouco da vida de Santo Antônio, o qual a Igreja celebra sua memória neste dia de hoje, 13 de Junho.

terça-feira, 12 de junho de 2012

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Nota : Paz e Bem!  Queridos amigos que visitam este simples e humilde blog, hoje lhe venho propor um admirável resumo da nobre santidade de Santo Antônio, você irá se encantar com a sublime vida dele, e verá que não vale a pena restringir Santo Antônio simplesmente a um santo casamenteiro, não estou criticando a tradição popular, pois, sou um grande amante do nosso folclore, das nossas tradições e costumes, tudo isso bonito, porém não devemos para por aí, visto que Santo Antônio tem muito mais a nos oferecer, tem um modelo de vida encantador e que Jesus se alegraria muito se imitássemos. Vale a pena ler e meditar a vida deste singelo santo de Deus, que nos ensina a colocar Deus acima de tudo em nossas vidas, a ver Jesus em cada irmão que sofre e que espera a nossa caridade para com ele, enfim leia e você verá.
  
“Martelo dos hereges”

O grande Santo de Pádua – ou de Lisboa, sua cidade natal – embora com uma curta existência terrena, tornou-se um dos santos mais populares do mundo, sendo venerado tanto no Oriente quanto no Ocidente.

Protetor dos pobres, o auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas, o amigo nas causas do coração. Assim é Santo Antônio de Pádua, frei franciscano português, que trocou o conforto de uma abastada família burguesa pela vida religiosa.  “Doutor da Igreja”, “Martelo dos Hereges”, “Doutor Evangélico”, “Arca do Testamento”, “Santo de todo o mundo” – são alguns dos títulos com que os Soberanos Pontífices honraram aquele cuja vida foi, no dizer de um de seus biógrafos, um milagre contínuo.
É o santo dos milagres, tal a quantidade de fatos extraordinários e sobrenaturais, obtidosatravés de sua oração, que acompanhavam a sua pregação. Sua língua está miraculosamente conservada em Pádua, há 775 anos. A sua devoção no Brasil foi uma rica herança dos portugueses.

Natural de Lisboa onde nasceu em 15 de agosto 1195, Ele era o filho único herdeiro dos nobres Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, o futuro santo recebeu no batismo o nome de Fernando. De boa índole, inclinado à piedade e às coisas santas, sua formação espiritual e intelectual foi confiada aos cônegos da Catedral de Lisboa por seu pai, oficial no exército de D. Afonso. Reservado, Fernando preferia a solidão das bibliotecas e dos oratórios às discussões religiosas.

Segundo alguns de seus biógrafos, na adolescência Fernando foi acometido por violenta tentação contra a pureza. Para aplacá-la, estando na catedral, o jovem traçou uma cruz com os dedos, numa coluna de mármore, ficando nela impressa como em cera. Avaliando nessa ocasião os perigos que corria, o adolescente quis entrar para o mosteiro de São Vicente de Fora, dos Clérigos Regulares de Santo Agostinho, nos arredores da capital portuguesa, quando contava 19 anos de idade.

Ali permaneceu dois anos, findos os quais, por ser muito procurado por parentes e amigos, pediu aos superiores que o transferissem para o mosteiro Santa Cruz de Coimbra, casa-mãe do Instituto.
Foi ordenado sacerdote em 1220. Frei Fernando, entretanto, almejava abraçar um gênero de vida mais perfeito e mais de acordo com suas íntimas aspirações.

        Transferência para a Ordem Franciscana

Quando chegaram a Coimbra os restos mortais dos cinco protomártires franciscanos, que deram sua vida pela Fé no Marrocos, Frei Fernando sentiu imenso desejo de imitá-los, vertendo também seu sangue por Cristo.
Um dia, no verão de 1220, quando dois franciscanos foram ao seu mosteiro pedir esmola, Frei Fernando perguntou-lhes se, passando ele para sua Ordem, o enviariam à terra dos mouros para lá sofrer o martírio. Eles deram resposta afirmativa. No dia seguinte, depois de obter, a duras penas, autorização de seu Superior, mudou-se para o eremitério franciscano, onde se tornou um filho de São Francisco de Assis.
Frei Fernando mudou então seu nome para o do onomástico do eremitério, Antonio, que ele imortalizaria.
Conforme o combinado, Frei Antonio foi enviado no fim desse mesmo ano à África. Entretanto não estava nos planos da Providência que ele ilustrasse a Igreja como mártir, mas com suas pregações e santa vida.
Assim, chegando ao continente africano, foi atacado de terrível doença, que o reteve no leito por longo período. Os superiores decidiram que, para curar-se, Frei Antonio deveria voltar a Portugal.

        Guiado pela mão da Divina Providência.

A mão da Providência, no entanto, desejava-o em outro campo de luta. O navio em que estava o convalescente, levado pela tempestade, foi parar nas costas da Itália, onde o santo encontrou abrigo em Messina, na Sicília. Lá soube que o seráfico São Francisco havia convocado um Capítulo em Assis, para maio de 1221. Antonio poderia, enfim, ver o pai e fundador dos franciscanos e contemplar sua angélica virtude.

Naquela grande assembléia o Provincial da Romênia resolveu levá-lo consigo.  Homem de oração, Santo Antônio (que se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.) sentiu a necessidade de se retirar para um local afastado e ali sentir Deus.
Frei Antonio obteve dele licença para permanecer no eremitério do Monte Paulo a fim de entregar-se ao isolamento e à contemplação. Ali viveu como eremita; partilharam desta mesma idéia alguns dos seus companheiros de hábito Franciscano. O quarto onde dormia era simples, teciam a própria roupa, faziam os serviços mais humildes. Foi um período de aproximadamente um ano.
Entretanto a mão de Deus velava sobre ele, e chegou o tempo em que aquela luz deveria brilhar para o bem do mundo inteiro.


        Inicia a vida apostólica como grande Pregador

Foi enviado a Forli com alguns franciscanos e dominicanos que deveriam receber as ordens sacras. O Padre guardião do convento em que se hospedavam pediu que algum dos presentes dissesse algo para a glória de Deus e edificação dos demais. Um a um, foram todos escusando-se por não estarem preparados. Restava Antonio. Sem muita convicção, o Superior mandou-lhe então que falasse, à falta dos demais.
Era a primeira vez que Antonio falava em público, e então viu-se a maravilha: de sua boca saíram palavras de fogo, demonstrando profundo conhecimento teológico e das Escrituras, tudo exposto com uma lógica, clareza e concisão que conquistou a todos.
Entusiasmado, o Guardião comunicou aquele sucesso ao Provincial, que transmitiu a notícia a São Francisco. O Poverello mandou então que Frei Antônio estudasse teologia escolástica para dedicar-se à pregação. Pouco depois, em vista de seus progressos, ordenou-lhe S. Francisco que trabalhasse na salvação das almas. Era o ano 1222.


        Força irresistível de suas palavras.

Segundo seus biógrafos, ele tinha um exterior polido, gestos elegantes e aspecto atraente. Sua voz era forte, clara, agradável, e sua memória feliz. A essas vantagens, juntava uma ação cheia de graça.
Entretanto, seu traço característico, o milagre constante de sua existência, é a força incontestável de sua pregação, o poder de sua voz sobre os corações e as inteligências.
Quando ele fulminava os vícios e as heresias — das quais o mundo estava então extremamente infectado — era como uma torrente de fogo que revira tudo, e à qual ninguém pode resistir. Freqüentemente, se bem que falasse (durante o sermão) uma só língua, era entendido por pessoas de toda espécie de países. Daí seu sucesso extraordinário, tanto na Itália quanto na França. Por isso, o Provincial o encarregou da ação apostólica contra os hereges na região da Romanha e no norte da Itália quando se tornou extraordinário pregador popular.
Após alguns anos de frade itinerante, foi nomeado, por carta, por São Francisco, o primeiro Leitor de Teologia da Ordem. Mas, este magistério de teologia para os franciscanos de Bolonha demorou pouco porque o Papa mobilizou todos os pregadores dominicanos e franciscanos para combater a heresia albigense na França. Por isso, passou três anos, lecionando, pregando e fazendo milagres no sul da França – Montpellier, Toulouse, Lê Puy, Bourges, Arles e Limoges.


           Os Milagres.

As multidões acorriam, e até os comerciantes fechavam suas lojas para ir ouvi-lo; a cidade e toda a redondeza literalmente paravam. Sendo pequenas as igrejas para tanta gente — às vezes chegavam a juntar-se até 30 mil pessoas num só sermão — ele falava nas praças públicas. Quando terminava, “era necessário que alguns homens valentes e robustos o levantassem e protegessem das pessoas que vinham beijar-lhe a mão e tocar-lhe o hábito”. O número de sacerdotes que o acompanhavam era pequeno para depois ouvirem as confissões dos que, tocados por seu sermão, queriam emendar-se de vida.
Seus sermões eram seguidos de milagres como não se viam desde o tempo dos Apóstolos. Praticamente não havia coxo, cego ou paralítico que, depois de receber sua bênção, não ficasse são. Numa ocasião converteu 22 ladrões, que por curiosidade foram ouvi-lo. O número de hereges por ele convertidos não tem fim.

        Pregação aos peixes para confundir os indiferentes.

Um dos milagres mais conhecidos de Santo Antonio foi sua pregação aos peixes. Na cidade italiana em Rimini ao norte da Itália, os hereges impediam o povo de ir aos seus sermões. Algumas pessoas correram na frente de Antônio e preveniram o povo daquela cidade afirmando que o frei era mentiroso e falso.
Durante seu sermão, o povo se mantinha indiferente. Então, apelou para o milagreabandonando seus ouvintes, foi pregar à beira-mar. Milhares de peixes de vários tipos e tamanhos puseram a cabeça fora da água para ouvir o santo. Antônio elogiou a participação dos peixes na história da salvação. Assim daria uma lição ao povo do vilarejo, e alguns que viram o acontecimento, tinham sido testemunha, para o restante da população. Este milagre invadiu a cidade com entusiasmo e os hereges ficaram envergonhados.
Santo Antonio foi cognominado “Martelo dos Hereges”, porque a heresia não teve inimigo mais formidável. Sua mais antiga biografia, conhecida pelo nome de Assídua, relata: “Dia e noite tinha discussões com os hereges; expunha-lhes com grande clareza o dogma católico; refutava vitoriosamente os preceitos deles, revelando em tudo ciência admirável e força suave de persuasão que penetrava a alma dos seus contrários”.


        O testemunho na presença real de Jesus na Santíssima Eucaristia.

Um herege negava a Presença Real no Santíssimo Sacramento. Para acreditar, dizia, queria um milagre.

E propôs o seguinte:
Deixaria sua mula sem comer durante três dias. Depois disso, oferecer-lhe-ia feno e aveia, e Frei Antonio a Hóstia consagradaSe a besta deixasse a comida para ir adorar a Hóstiaele creria, disse.
Isso foi feito diante de toda a cidade.
E a mula faminta, tendo que escolher entre o alimento e o respeito à Hóstia consagrada, foi ajoelhar-se diante desta, que o santo Antônio segurava nas mãos.

Desde a mais tenra infância Antonio fora devoto de Nossa Senhora, e Ela várias vezes o socorreu. Um dia, por exemplo, em que o demônio não podia mais suportar o bem que o santo fazia, agarrou-o pelo pescoço tão violentamente, que o enforcava. Antonio mal pôde balbuciar as palavras da antífona a Nossa Senhora, “O Gloriosa Domina”. No mesmo instante o demônio fugiu apavorado. Recomposto, Antonio viu a seu lado a Rainha do Céu resplandecente de glória.


        O Menino Jesus.

Certa vez Frei Antônio se hospedou na casa de uma família muito amiga. A noite o dono da casa percebeu uma luz tão forte que vinha do quarto de Antônio que não poderia ser das velas. Vencido pela curiosidade levantou-se e foi espiar. O que viu? Antônio com o menino Jesus no colo. O menino, tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade. Conversavam amigavelmente.

        A Morte de santo Antônio

        Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em Camposampiero. Antônio estava muito doente. Tinha hidropisia.
        Apos as pregadas da Quaresma de 1231, sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Os frades fizeram para ele um quarto em cima de uma árvore, mas mesmo assim o povo o procurava e Antônio já muito debilitado falava ao povo de cima de uma nogueira em Camposampiero.
        Decidiram então levá-lo a Pádua. (Pádua está situada na Região de Veneto, norte da Itália, rica em belezas naturais, obras de arte e arquitetura. Antiga cidade universitária que possui uma ilustre história acadêmica).
Agasalharam o frei e colocaram em um carro puxado por bois. A viagem era longa. Antônio foi piorando. Pararam em um povoado que havia um convento franciscano. Antônio piorava, precisava ficar sentado pois sofria de falta de ar. Recebeu os sacramentos e se despediu de todos e ainda cantou o bendito: "Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas..." Depois ergueu os olhos para o céu e disse "Estou vendo o Senhor". Pouco depois morreu. Era dia 13 de junho de 1231. Frei Antônio tinha 36 anos de idade.

        Imediatamente as crianças de Pádua saíram espontaneamente pelas ruas gritando: “O santo morreu! O santo morreu!”. Ao mesmo tempo, em Lisboa, sua cidade natal, os sinos puseram-se a repicar por si sós, e o povo saiu às ruas. Somente mais tarde é que souberam do ocorrido.
Santo Antônio é o santo padroeiro dos casamentos.

        
        A Canonização de SANTO ANTÔNIO.
     
        Foi tanta a repercussão de sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após sua morte, é canonizado pelo Papa Gregório IX em 1232; Foi  o processo mais rápido da história da igreja .
        Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.
        Em 1946 é oficialmente proclamado Doutor da Igreja por Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras patente nos seus Sermões.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

sábado, 9 de junho de 2012

A BÍBLIA CONDENA O USO DE IMAGENS? DEUS PERMITE A FABRICAÇÃO DE IMAGENS?




Por Carlos Martins Nabeto
Fonte: Agnus Dei

INTRODUÇÃO

Uma das maiores disputas entre católicos e protestantes é, sem dúvida alguma, quanto ao uso das imagens sagradas na Igreja de Deus. Desde o princípio, a Igreja Católica sempre defendeu seu uso, ao contrário da esmagadora maioria das igrejas protestantes que preferem encarar o problema como um insulto ao Mandamento divino que proíbe confeccionar imagens (Ex 20,4). Não raro, costumam a chamar os católicos de idólatras, ou seja, adoradores de ídolos, como se as imagens fossem algum tipo de ídolo ou - pior ainda - dando a entender que a Igreja Católica ordena adorar essas imagens.
Diante de tal matéria, qual dos lados estaria com a razão? Estaria a Igreja Católica infringindo o Mandamento de Ex 20,4 ou estaria a Igreja aplicando-o conforme a vontade de Deus? Este artigo visa, especificamente, esclarecer tal questão, tomando como base as dezenas de perguntas que já respondi, principalmente aquelas formuladas por nossos irmãos separados.

IMAGEM

Antes de mais nada, convém explicar o que é uma imagem.
A imagem é muito mais do que uma simples escultura: na verdade é qualquer coisa que permite excitar a nossa vista, pouco importando se é uma escultura, um desenho, uma pintura, um objeto. Até mesmo os dicionários não religiosos são unânimes em afirmar que a imagem é a representação de um objeto pelo desenho, pintura, escultura, etc. Logo, uma pintura de Michelangelo é uma imagem da mesma forma que o desenho do tio Patinhas e o busto do Duque de Caxias também o são, de modo que não importa se a imagem está em "segunda dimensão" (podendo ser representada num plano x-y) ou em "terceira dimensão" (representada no plano x-y-z), mas que ela excite a vista e, por consequência, a imaginação, que é a capacidade de conceber abstratamente aquilo que é concreto, real.
Desta forma, uma imagem - principalmente a imagem religiosa - encerra um sentido muito mais profundo do que o próprio objeto. Ela, sem precisar - necessariamente - fazer uso da palavra, consegue falar e sensibilizar as pessoas com muito mais facilidade que ótimos oradores, pois carrega uma linguagem própria que nem sempre precisa excitar nossos ouvidos. É inegável o poder de persuasão da imagem: a TV (imagem) não suplantou o rádio (palavra)? São Paulo não se converteu ao Evangelho graças à visão resplandescente de Cristo no caminho de Damasco? Quantos homens também não se converteram por um simples olhar para uma imagem ou crucifixo mudos no interior de uma igreja? Até mesmo a Bíblia afirma que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26-27). Vemos, assim, que o velho ditado "uma imagem vale mais do que mil palavras" é mais do que verdadeiro: é uma realidade.

ÍDOLO

Ídolo não é - e jamais foi! - sinônimo de imagem. Ambos são distintos e inconfundíveis...
Ao contrário da imagem, que excita a vista, o ídolo é aquilo que substitui o único e verdadeiro Deus. Um bom exemplo, que confirma a nossa tese, é o episódio do bezerro de ouro narrado em Ex 32: como Moisés demorava para descer do Monte Sinai, os hebreus fugitivos do Egito não tardaram a confeccionar um bezerro em ouro, a quem cultuaram como se fosse o verdadeiro Deus.
"O povo reuniu-se em torno de Aarão e lhe disse: 'Vamos! Faze-nos deuses que caminhem à nossa frente...'. Aarão lhes disse: 'Tirai os brincos de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas, e trazei-os a mim'. [...] Recebendo o ouro, ele o moldou com o cinzel e fez um bezerro fundido. Então eles disseram: 'Aí tens, Israel, os deuses que te fizeram sair do Egito!' [...] Levantando-se na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e apresentaram sacrifícios pacíficos" (Ex 32,1b-2.4.6a).
Esses versículos permitem-nos distinguir os elementos que caracterizam o ídolo:
·  Confunde-se com o verdadeiro e único Deus.
·  São-lhe atribuídos poderes exclusivamente divinos.
·  São-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus.
Percebamos bem como o milagre da fuga do Egito foi atribuído ao objeto que tinha a imagem de um bezerro de ouro. Notemos também como esse bezerro passa a substituir o verdadeiro e único Deus assim como também lhe são oferecidos sacrifícios devidos a Deus.
Observando isto com muito cuidado e sem preconceitos, podemos reparar que o culto prestado ao bezerro de ouro bem como a proibição bíclica de confeccionar imagens de ídolos não podem ser confundidos contra as imagens cristãs, uma vez que falta-lhes os elementos que as constituam como ídolos: quando a Igreja Católica afirmou que devemos adorar as imagens dos santos? Quando a Igreja atribui-lhes poderes de salvar a humanidade do pecado ou conferiu-lhes título de todas-poderosas? Quando a Igreja prestou-lhes culto de adoração?
Vemos, assim, que a imagem não implica na superstição como obriga o ídolo, que substitui Deus atribuindo ao objeto ou à coisa imaterial poderes que ele por si só não possui. A imagem é um objeto que lembra algo fora dele; o ídolo é o ser em si mesmo. A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica da destruição da falsa divindade.

LATRIA x DULIA

Uma vez apresentadas as diferenças entre imagem e ídolo, faz-nos necessário situá-los em seu verdadeiro contexto religioso, isto é, demonstrar o respeito que cabe a cada um deles.
Para isto, precisamos distinguir entre latria e dulia. Antes, porém, gostaria de observar que, oportunamente, pretendo disponibilizar um artigo onde são estudadas mais profundamente as diferenças entre os dois tipos de conceito. Para o momento, entretanto, basta mencionar a diferença básica.

·  Latria: significa adoração e é o culto devido exclusivamente ao verdadeiro e único Deus, nosso Criador e Salvador. Na adoração, reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo.
·  Dulia: significa homenagem, veneração. São dignas de veneração, no campo religioso, os santos e todas as criaturas que, neste mundo, fizeram e fazem a vontade do Pai, por se tornarem nossos modelos de fé e caridade.
Uma visão clara sobre o assunto pode ser retirada de um antigo manual de religião publicado em 1858 em Portugal:
"Cumpre venerar (=dulia) todos os Sanctos que estão no céo, como a servos e amigos de Deus; porem invocando-os e venerando-os (=dulia), não os adoramos (=latria), e fazemos sempre grande differença entre Deus e as creaturas. Rogando aos Sanctos não os olhamos nem consideramos senão como nossos intercessores para com Jesu-Christo, que é o Medianeiro que nos remio com seu sangue, e por quem podemos sêr ouvidos e alcançar a salvação" (Manual Portuguez, ed. d'Aguiar Vianna, Lisboa, Portugal, 1858, pág. 17).
Tal texto é muito interessante porque explica em poucas linhas, mas com grandes detalhes a diferença básica entre adoração/latria e veneração/dulia: a primeira é destinada ao Criador, a segunda - bem inferior à primeira - às criaturas servas e amigas de Deus. Adoramos a Deus porque Ele é todo-poderoso e nosso Salvador; veneramos os santos - representados nas imagens - porque seus exemplos de vida nos apontam para o verdadeiro caminho: Jesus Cristo (cf. Jo 14,6), único Mediador e Redentor da humanidade.
Assim, se passarmos a adorar uma criatura (seja ela criatura de Deus ou criatura do próprio homem) estaremos cometendo o pecado da idolatria, severamente punido por Deus. Um bom exemplo disto são as pessoas que atribuem todo poder ao dinheiro, acreditando que ele pode com tudo neste mundo: um caso não muito raro de idolatria nos dias de hoje!

A BÍBLIA CONDENA AS IMAGENS?

Depende do contexto!
Se folhearmos a Bíblia, encontraremos várias passagens onde as imagens são condenadas. Por ex.: Ex 20,4-5; Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7; 115,8...
Estaria, portanto, a Igreja Católica errada ao permitir a colocação e o uso de imagens em seus templos e nas casas dos fiéis?
Ora, a Igreja Católica é a única Igreja que possui ligação direta com os tempos apostólicos; ela também ficou responsável pela guarda do depósito da fé, em especial das Sagradas Escrituras. Certamente, se quisesse mesmo agir contra a Palavra de Deus, adulteraria a Bíblia nessas passagens que condenam as imagens. O livro da Sabedoria - não reconhecido como Inspirado pelos protestantes, mas apenas pelos cristãos católicos e ortodoxos - condena, como nenhum outro livro do Antigo Testamento, a idolatria (cf. Sb 13-15). Não seria mais fácil para ela fazer como os protestantes e repudiar o citado livro?
E por que não o fez? Simplesmente porque a Bíblia deve ser lida dentro de seu contexto e de forma completamente imparcial!
Dessa forma, perceberemos que a própria Bíblia também defende o uso de imagens! Veja-se, por exemplo: Ex 25,17-22; 37,7-9; 40,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5...
Como compreender essa curiosa "contradição", já que o texto do Êxodo parece ser tão contundente:
"Não farás para ti ídolos, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, nem embaixo, na terra, nem do que existe nas águas, debaixo da terra" (Ex 20,4)
Fácil... Observando sempre os critérios de contexto e imparcialidade, devemos saber quando e em quais casos as imagens são proibidas ou aceitas.
Analisemos, primeiro, o mandamento acima, repetido novamente em Dt 5,8 fala explicitamente de ídolo que, conforme vimos, é aquela coisa material ou imaterial que é colocado para substituir o verdadeiro Deus. Em Dt 13, temos a confirmação de que a função do ídolo é ser Deus; são os chamados falsos deuses. Mesmo com o mandamento acima, podemos perceber que os israelitas eram inclinados à idolatria, tendo-se em vista que eram escravos no Egito onde, mesmo mantendo a fé, assimilaram muitos costumes religiosos desse país, como prova a passagem do bezerro de ouro, onde este é confeccionado em virtude de uma simples demora da parte de Moisés.
Isto justifica a existência de um mandamento contra a idolatria: Israel estava cercada de nações pagãs, politeístas e idólatras; cultuava-se o sol, os astros, os crocodilos, os reis, os gatos, etc. O verdadeiro povo de Deus devia se afastar de tudo isso pois era monoteísta!
Tentemos, agora, compreender porque a mesma Bíblia que proíbe, também permite a confecão de imagens. Para isso, vamos recorrer a Nm 21,4-9, onde o próprio Deus ordena a Moisés a fabricar uma serpente de bronze para curar todos aqueles que para ela olhassem e tivessem sido picados por cobras no deserto. Neste caso a imagem não serviu para afastar o povo de Deus, mas para aproximá-lo, para demonstrar o Seu poder, sem contudo fazer esquecer o real motivo das picadas: o descontentamento de Deus com a teimosia de seu povo (v.5).
Alguém poderia objetar: "Mas 2Rs 18,4 mostra que essa serpente foi depois destruída por Ezequias e que esse gesto agradou a Deus (v.3)!". Contudo, tal argumentação é descabida porque em Ex 21,8 vemos que a serpente também foi confeccionada por ordem direta do Senhor a Moisés... Na verdade, o gesto de Ezequias pode ser compreendido pelo contexto do mesmo versículo 4 de 2Rs 18: a serpente de bronze deixara de cumprir a função de aproximar o povo de Deus e passara a ser vista como uma deusa: adquirira o nome de Noestã e incenso (símbolo de culto à divindade) era-lhe dedicado. Em outras palavras, a imagem da serpente (símbolo da compaixão de Deus Salvador para com seu povo) virara ídolo, substituindo o verdadeiro Deus Javé pela nova deusa "salvadora" Noestã: um crime flagrante contra o Mandamento que condena a idolatria. É desnecessário mencionar que esse desvirtuamento da função da serpente de bronze foi culpa única e exclusiva do povo que passou a idolatrá-la. Isso, porém, de forma alguma legitima ou justifica a destruição ou retirada das imagens sagradas!
Logo, o que a Bíblia condena é a idolatria, a substituição de Deus por uma criatura, isto é, o uso negativo da imagem que fazem as pessoas a terem uma idéia errônea sobre Deus. Se o uso for positivo, aproximando as pessoas do verdadeiro Deus, então seu uso é justificado e permitido. A imagem simplesmente ajuda a criar um clima favorável à oração e é um meio eficaz de evangelizar principalmente os pobres e iletrados.

domingo, 3 de junho de 2012

A Virgem Maria e o derramamento do Espírito


“Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres — entre elas, Maria, mãe de Jesus — e com os irmãos dele” (At 1, 14).
A Virgem Maria e o Pentecostes

Depois da morte e ressurreição de Jesus, Maria permaneceu com os discípulos para confirmá-los na fé. Pois, eles estavam assustados com a perseguição por parte dos judeus e dos romanos. Além disso, estavam decepcionados consigo mesmos, pois abandonaram o Mestre quando este foi preso pelos soldados romanos. Jesus foi flagelado, crucificado e morto, sem que nenhum deles reagisse contra a situação. Pedro, que foi constituído o primeiro deles, negou o Senhor três vezes (cf. Lc 22, 61).
A esta altura você deve estar se perguntando: qual foi a importância de Maria neste acontecimento fundante que foi o Pentecostes?
Maria foi quem confirmou a fé dos discípulos no momento que estes mais precisavam, pois eles estavam desolados, tristes, desanimados, sem compreender a situação e o que aconteceria com eles. Ela permaneceu com eles em Jerusalém, pois esta foi a ordem de Jesus aos discípulos. Estavam unidos em oração até que fossem revestidos da força do alto (cf. Lc 24, 49).
A Virgem Maria foi aquela que esteve presente nos três eventos mais significativos da história da salvação: na Encarnação do Verbo, no Mistério Pascal de Cristo e no Pentecostes. Ela, que é a mulher cheia de graça (cf. Lc 1, 28), estava reunida com os Apóstolos no cenáculo, em Jerusalém, quando aconteceu o derramamento do Espírito Santo.
O Espírito repousou sobre eles, como línguas de fogo, e ficaram cheios dos Espírito Santo (cf. At 2, 1-3). Pedro, que havia negado Jesus três vezes, pregava com desassombro, levando a muitos ao arrependimento e à conversão de vida. Estes eram batizados e recebiam também o dom do Espírito Santo.
Maria é esta presença silenciosa, que está presente nos momentos decisivos de nossa vida. Com ela, somos chamados a perseverar na oração e, principalmente neste tempo que antecede a Solenidade de Pentecostes, somos chamados à conversão e a clamar o dom do Espírito Santo. Pois, como Pedro, precisamos da força do alto para sermos fiéis à missão que o Senhor nos confiou, em nossas famílias, em nossos trabalhos, em nossas comunidades. Estejamos unidos à Virgem Maria em oração e peçamos o Espírito Santo, para que sejamos fiéis a Cristo e a Igreja.