domingo, 4 de dezembro de 2011
ADVENTO, tempo de vigilância
Escreve a nossa liturgista Ione Buyst, em seu livro Preparando Advento e Natal (São Paulo, Paulinas, 2002), p. 13: “Costumamos dizer que o Ano Litúrgico começa no 1o domingo do Advento, assim como o ano civil começa em 1o de janeiro. Mas, na verdade, o Ano Litúrgico não tem começo nem fim. Todo ano comemoram-se duas grandes festas: Páscoa e Natal. A Páscoa é mais importante que o Natal. É a maior festa cristã, porque celebra a ressurreição de Jesus. Ambas as festas são precedidas por um tempo de preparação”.
“Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...” (Alceu Valença, Anunciação). Esta música popular, cantada por muitos jovens, pode nos ajudar a entrar no espírito do tempo do Advento, seguir as pistas dos sinais do Reino e acolher a presença de um Deus que vem ao nosso encontro.
As antigas comunidades cristãs, quando começaram a celebrar o Natal, o fizeram, ao mesmo tempo, como o desdobramento da alegria pascal e como celebração do início do mistério da salvação. E assim como a festa da páscoa era preparada por um tempo de jejum e escuta da Palavra, colocaram também um tempo de preparação antes da festa do Natal.
A Palavra Advento, como tantos outros termos importantes do cristianismo, foi tirada do vocabulário pagão, e significa chegada ou vinda. Ao longo do tempo, foi assumindo o sentido tanto do nascimento do Senhor (o Senhor veio!), quanto da preparação para este evento (o Senhor vem!) e também da espera da segunda vinda de Cristo (o Senhor virá!).
A liturgia ocidental, nas duas primeiras semanas do Advento, acentua a espera da segunda vinda de Cristo no final dos tempos, enquanto nas outras duas semanas coloca a ênfase na preparação para a solenidade do Natal.
Os cristãos primitivos tinham o costume de esperar a celebração de cada domingo com uma vigília de oração. Com isto desejavam expressar uma verdade profunda de seu modo de viver o cristianismo. Como afirmou Santo Agostinho em uma destas vigílias: “Para nós, cristãos, viver não é outra coisa que vigiar. E vigiar é abrir-se à vida”.
No Evangelho, encontramos muitas Palavras de Jesus nos exortando à vigilância. Um dos textos que inspirou muito a liturgia do Advento é a parábola das virgens sábias, contada em Mt 25,1-13, com sua imagem das lâmpadas acesas e seu mandamento de vigiar.
Isto poderia ser vivenciado, por exemplo, retomando a antiga tradição das vigílias (o Ofício Divino das Comunidades tem um roteiro muito bom). Mas também poderia ser feito através da solenização do acendimento da coroa do Advento, como expressão da vontade comunitária de vigiar. É claro que tudo isto terá um sentido profundo se dedicarmos um tempo maior para a oração pessoal e escuta da Palavra de Deus.
Concluindo, citemos de novo Ione Buyst: “A celebração do Ano Litúrgico é uma forma de a gente lembrar, ao longo da caminhada, a presença dinâmica de Deus em meio a seu povo. E, lembrando, unimo-nos e nos comprometemos com ele. Celebrando a Páscoa de Jesus, fazemos hoje, nele, a nossa Páscoa. Celebrando o Natal de Jesus, fazemos hoje, nele, o nosso Natal. Celebrando o Advento... de Jesus, ele se manifesta a nós e nos faz caminhar mais depressa em direção ao Reino. Foi por isso que o papa Paulo VI disse que a celebração do Ano Litúrgico não é só recordação de um fato passado, mas ‘goza de de força sacramental e especial eficácia para alimentar a vida cristã’” (ibid., p. 14).
Fonte: http://www.comshalom.org/
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Letras católicas na música litúrgica
Nesse sentido, é evidentente que as letras dos cantos executados na Liturgia precisam ser totalmente compatíveis com a doutrina católica. A Liturgia tem, por si só (não somente nas letras dos cantos, mas em todos os seus gestos e sinais), um caráter catequético, que visa reforçar a nossa fé católica.
Infelizmente, nem sempre é isso que temos visto no Brasil. A crise doutrinal e litúrgica que teve o seu auge na década de 1970 deixou marcas que persistem até hoje. A disseminação da “Teologia da Libertação” (TL) de caráter marxista, condenada pela Santa Igreja teve uma grande influência da vivência litúrgica, e mesmo em letras de músicas que são cantadas até hoje (sobre a TL, ver a "Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação", da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, de 06 de Agosto de 1984).
Ensina-nos o Sagrado Magistério da Santa Igreja que a Hóstia Consagrada é a Presença Real e substancial de Nosso Senhor em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, e que a Santa Missa é Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor (ver Catecismo da Igreja Católica, n. 1356-1381). Mas infelizmente é comum hoje no Brasil, por exemplo, cantos litúrgicos de gênero popular que parecem reduzir a Santa Missa a um simples evento social (um “encontro de irmãos”, “celebração da fraternidade”, “celebração da vida” ou sei-lá-o-que), e o momento da Sagrada Comunhão, onde se recebe o Corpo de Deus, a um mero sinal de comprometimento social (na melhor das interpretações).
Isso quando não vemos cantos repletos de jargões que, embora possam ter uma interpretações católica, são reconhecidamente bandeiras marxistas (como “igualdade”, “fraternidade”), o que facilmente se explica pela ideologia da TL; ou então letras que incitam a luta de classes e o vandalismo (“vou botar fogo...", etc). E infelizmente, tais letras infestam livrinhos de cantos publicados por algumas dioceses.
Há ainda o costume que tem se disseminado que cantar músicas de origem protestante. Mesmo que algumas não contenham heresia, e sejam evidentemente mais espirituais do que as abordadas acima, elas não expressam a fé católica de forma tão precisa, profunda e completa, como aquelas feitas por católicos que visam reforçar os fiéis na fé católica e auxiliá-los a terem as disposições adequadas para usufruir do tesouro supremo que é a vivência eucarística; estas falam muito do amor a Deus, e quando falam do amor ao próximo, falam de maneira pura, isto é, verdeiramente cristã e SEM ideologia marxista.
Vale a pena comparar essas letras, profundamente católicas e também de gênero litúrgico popular, com os cantos que normalmente são ouvidos nas igrejas hoje...
Fonte: Matéria do blog Salve a liturgia
Segue, abaixo, as letras de alguns desses cantos tradicionais e profundamente católicos:
Prometi no meu Santo Batismo
1. Prometi no meu Santo batismos, ser fiel a Jesus sem cessar; o que os pais e padrinhos falaram,/ hoje eu mesmo vim confirmar.
Refrão: Fiel, sincero, eu mesmo quero a Jesus prometer meu amor.
2. Creio, pois, na divina Trindade, Pai Filho e inefável Amor. No mistério do Verbo Encarnado, na Paixão de Jesus Redentor.
3. Eu prometo da Igreja de Cristo os preceitos sublimes guardar; sua voz, como um eco divino, saberei obediente escutar.
Hóstia Branca
1. Hóstia branca no altar consagrada, adorável cordeiro pascal, os mais ímpios mortais regeneras, teus devotos defendes do mal.
Refrão: Sacrosanto maná dos altares, corpo e sangue do meu Redentor. Reverente minh'alma te adora, eu te adoro, mistério de amor.
2. Hóstia santa, consolo dos justos, divinal esperança dos réus, és no mundo o refúgio das almas, és a glória dos santos nos céus.
3. Hóstia pura, sagrado alimento, pão do céu, encerrado no altar. Oh, eu quero guardar-te em meu peito, vem minha alma fiel confortar.
4. Hóstia viva, sacrário de graças, Jesus Cristo, meu Deus e meu Rei, eu por ti viverei santamente, e contente por ti morrerei!
Glória a Jesus
1. Glória a Jesus na hóstia santa, que se consagra sobre o altar, e aos nossos olhos se levanta para o Brasil abençoar.
Refrão: Que o santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus seja adorado e seja amado nesta terra de Santa Cruz!
2. Glória a Jesus, Deus escondido, que, vindo a nós na comunhão, purificado, enriquecido, deixa-nos sempre o coração.
3. Glória a Jesus, prisioneiro do nosso amor, a esperar, lá no sacrário o dia inteiro, que o vamos todos procurar.
4. Glória a Jesus, que ao rico e ao pobre se dá na hóstia em alimento, e faz do humilde e faz do nobre um outro Cristo em tal momento!
5. Glória a Jesus na Eucaristia, cantemos todos sem cessar, certos também que, de Maria, bênçãos a Pátria há de ganhar.
Eu te adoro, Jesus-Hóstia
1. Eu te adoro, Jesus-Hóstia,Eu te adoro, Deus de Amor! És dos Anjos o suspiro, E dos homens glória e honor.
Refrão: Eu te adoro, Jesus-Hóstia,Eu te adoro, Deus de Amor!
2. Eu te adoro, Jesus-Hóstia,Eu te adoro, Deus de Amor! És dos fortes a doçura,E dos fracos o vigor.
3. Eu te adoro, Jesus-Hóstia,Eu te adoro, Deus de Amor! És na vida alento e força, E na morte o defensor.
4. Eu te adoro, Jesus-Hóstia,Eu te adoro, Deus de Amor!És na terra fiel amigo,E do Céu, feliz penhor.
5. Eu te adoro, Jesus-Hóstia, Eu te adoro, Deus de Amor! És meu Deus, excelso e grande, E dos séculos, o Senhor.
Bendito, louvado seja
1. Bendito, louvado seja, bendito, louvado seja, o Santíssimo Sacramento, o Santíssimo Sacramento
2. Os anjos, todos os anjos, Os anjos, todos os anjos, louvam a Deus para sempre, amém, louvem a Deus para sempre, amém.
3. Fazei-nos, Virgem Maria, fazei-nos, Virgem Maria, sacrários vivos da Eucaristia, sacrários vivos da Eucaristia.
Coração Santo
Refrão: Coração Santo, Tu reinarás; Tu nosso encanto, sempre serás!Coração Santo, Tu reinarás; Tu nosso encanto, sempre serás!
1. Jesus amável, Jesus piedoso, Pai amoroso, frágua de amorAos Teus pés venho, se Tu me deixas, Sentidas queixas, humilde expor!
2. Divino Peito, que amor inflama, Em viva chama, de Eterna Luz, Porque até em sempre, reconcentrada, Não adorada, Doce Jesus!
3. Correi, cristãos, vinde adorar, Vinde louvar, O Bom JesusCom grande ardor, Rendei-lhes preitos, Com os eleitos, na Eterna Luz!
4. Divino Sol, espanca a treva, Que já longeva, o mundo envolve;Aos pecadores, aos ignorantes, Que andam errantes, Teus olhos volve!
5. Estende às almas, Teu suave fogo, E tudo logo, se inflamará, Mais tempo a terra, no mal sumida, Empedernida, não ficará!
6. Por estas chamas, de Amor benditas, Nunca permitas, ao mal reinar, Ao Brasil chegue, Tua caridade, Que ele em verdade, Te saiba amar!
7. Divino Peito, onde se inflama, A doce chama, da caridade; Não a conserves, reconcentrada, Mas dilatada, na Cristandade!
Vitória, tu reinarás
Refrão: Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás! Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!
1. Brilhando sobre o mundo, Que vive sem tua luz, Tu és um sol fecundo, De amor e de paz, ó cruz!
2. Aumenta a confiança, do pobre e do pecador, Confirma nossa esperança, Na marcha para o senhor.
3. À sombra dos teus braços, a Igreja viverá, Por ti no eterno abraço O Pai nos acolherá.
Prova de amor maior não há
Refrão: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
1. Eis que eu vos dou um novo Mandamento:"Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado"
2. Vós sereis os meus amigos se seguirdes meu preceito:"Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado"
3. Permanecei em meu amor e segui meu madamento:"Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado"
4. E chegando a minha Páscoa, vos amei até o fim:"Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado"
5. Nisto todos saberão que vós sois os meus dicípulos:"Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado"
Hino à Nossa Senhora da Piedade
Ó Virgem Senhora Mãe da Piedade
livrai-nos das penas da eternidade.
Por este Senhor que tendes nos braços
pelas vossas dores dirigi meus passos.
Dirigi meus passos e meus pensamentos
de palavra e obras dai-me sentimentos
Dai-me sentimentos dai-me contrição
abrasai de amor este coração.
Este coração ingrato e traidor
foi tão desleal ao meu Redentor.
Ao meu Redentor que pra nos salvar
no lenho da cruz deixou-se cravar.
Deixou-se cravar entre dois ladrões
para satisfazer as nossas paixões.
As nossas paixões ó meu Salvador
cantemos vitória com nosso Senhor.
Com nosso Senhor convosco também
levai-nos à glória para sempre. Amém.
Bendita e Louvada Seja
Bendita e louvada seja / a Paixão do Redentor,
Que por nós sofreu martírios, / morreu por nosso amor! (bis)
Os céus cantam a vitória / de nosso Senhor Jesus;
Cantemos também na terra / louvores à Santa Cruz! (bis)
Humildes e confiantes / levemos a nossa cruz;
Seguindo sublime exemplo / de nosso Senhor Jesus! (bis)
Cordeiro imaculado, por todos morreu Jesus, remido as nossas almas, é Rei pela sua cruz (BIS).
É arma em qualquer perigo, é raio de eterna luz, bandeira vitoriosa, o santo sinal da cruz (BIS).
Ao povo aqui reunido / daí graças, perdão e luz;
Salvai-nos ó Deus clemente, / em nome da Santa Cruz! (bis)
Bendita e louvada seja / a Paixão do Redentor,
Que por nós sofreu martírios, / morreu por nosso amor! (bis)
Os céus cantam a vitória / de nosso Senhor Jesus;
Cantemos também na terra / louvores à Santa Cruz! (bis)
Humildes e confiantes / levemos a nossa cruz;
Seguindo sublime exemplo / de nosso Senhor Jesus! (bis)
Cordeiro imaculado, por todos morreu Jesus, remido as nossas almas, é Rei pela sua cruz (BIS).
É arma em qualquer perigo, é raio de eterna luz, bandeira vitoriosa, o santo sinal da cruz (BIS).
Ao povo aqui reunido / daí graças, perdão e luz;
Salvai-nos ó Deus clemente, / em nome da Santa Cruz! (bis)
Perdão meu Jesus
Perdão meu Jesus, Perdão, Deus de amor,
Perdão, Deus clemente, Perdão, meu Senhor!
Eis-m'a vossos pés, grande pecador;
Meus enormes crimes, Perdoai, Senhor.
Já os meus pecados, lamento com dor;
Estou compungindo, Perdoai, Senhor.
De quanto sofrestes, fui o causador;
Por êstes tormentos, Perdoai, senhor.
Sou mais delinquente, que Judas traidor;
Mas a vós recorro, Perdoai, Senhor.
Por vossas angústias, oração, suor,
E cálix do horto, Perdoai, Senhor.
Por essa perfídia, com que o traidor;
Beijou sua face, Perdoai, Senhor.
Pelas duras cordas, com que sem amor;
Cruéis vos ligaram, Perdoai, Senhor.
Pela crueldade, dos maus e furor,
Com que vos levaram, Perdoai, Senhor.
Por serdes trazidos, com'um sedutor,
A tribunal d'homens, Perdoai, Senhor.
Pelas bofetadas, com que em furor,
Vos ferem o rosto, Perdoai, Senhor.
Por tantos açoites, quem em vós com rigor,
Imenso então deram, Perdoai, senhor.
Pela coroa d'espinhos, que vos mandaram pôr,
Na fronte divina, Perdoai, senhor.
Pela santa Virgem, que com grande dor,
Foi ao vosso encontro, Perdoai, Senhor.
Pela cruz pesada, que vos pôs sem côr,
Pelas vossas quedas, Perdoai, senhor.
Pela indigna cana, que como impostor,
Levastes nas mãos, Perdoai, Senhor.
Pelos duros cravos, que com crua dor,
Mãos e pés rasgaram, Perdoai, Senhor.
Pelo fel, vinagre, d'extremo amargor,
Qu'a beber vos deram, Perdoai, Senhor.
Pela cruel lança, com que um malfeitor,
Rasgou vosso lado, Perdoai, Senhor
Perdão, Deus clemente, Perdão, meu Senhor!
Eis-m'a vossos pés, grande pecador;
Meus enormes crimes, Perdoai, Senhor.
Já os meus pecados, lamento com dor;
Estou compungindo, Perdoai, Senhor.
De quanto sofrestes, fui o causador;
Por êstes tormentos, Perdoai, senhor.
Sou mais delinquente, que Judas traidor;
Mas a vós recorro, Perdoai, Senhor.
Por vossas angústias, oração, suor,
E cálix do horto, Perdoai, Senhor.
Por essa perfídia, com que o traidor;
Beijou sua face, Perdoai, Senhor.
Pelas duras cordas, com que sem amor;
Cruéis vos ligaram, Perdoai, Senhor.
Pela crueldade, dos maus e furor,
Com que vos levaram, Perdoai, Senhor.
Por serdes trazidos, com'um sedutor,
A tribunal d'homens, Perdoai, Senhor.
Pelas bofetadas, com que em furor,
Vos ferem o rosto, Perdoai, Senhor.
Por tantos açoites, quem em vós com rigor,
Imenso então deram, Perdoai, senhor.
Pela coroa d'espinhos, que vos mandaram pôr,
Na fronte divina, Perdoai, senhor.
Pela santa Virgem, que com grande dor,
Foi ao vosso encontro, Perdoai, Senhor.
Pela cruz pesada, que vos pôs sem côr,
Pelas vossas quedas, Perdoai, senhor.
Pela indigna cana, que como impostor,
Levastes nas mãos, Perdoai, Senhor.
Pelos duros cravos, que com crua dor,
Mãos e pés rasgaram, Perdoai, Senhor.
Pelo fel, vinagre, d'extremo amargor,
Qu'a beber vos deram, Perdoai, Senhor.
Pela cruel lança, com que um malfeitor,
Rasgou vosso lado, Perdoai, Senhor
O Meu Coração É Só de Jesus
1. No tempo em que eu era criança cantava esse canto pensando em Jesus. Agora Jesus estou vendo no irmão que sofrendo carrega sua cruz.
R.: Eu vou com fé viver a vida. Levar amor onde faltar. Levo comigo a esperança de todo mundo poder cantar. O meu coração é só de Jesus. A minha alegria é a Santa Cruz.
2. A gente no mundo de hoje precisa ser forte pra não vacilar. Se a gente não tomar cuidado, Deus fica de lado e o fracasso virá.
3. Os homens só vivem pensando que felicidade é dinheiro na mão. Feliz é quem faz caridade e não guarda maldade no seu coração.
4. Queria sair pelo mundo gritando bem forte que existe o amor. Queria que em todo semblante se abrisse um sorriso igual uma flor.
5. A gente que vive brigando, que vive falando da vida que tem. A vida é um peso suave que a gente carrega do jeito que vem.
6. Eu sinto que a vida da gente parece uma história na mesa do altar. Um pão repartido com todos, louvor que se oferta no dom de se dar.
R.: Eu vou com fé viver a vida. Levar amor onde faltar. Levo comigo a esperança de todo mundo poder cantar. O meu coração é só de Jesus. A minha alegria é a Santa Cruz.
2. A gente no mundo de hoje precisa ser forte pra não vacilar. Se a gente não tomar cuidado, Deus fica de lado e o fracasso virá.
3. Os homens só vivem pensando que felicidade é dinheiro na mão. Feliz é quem faz caridade e não guarda maldade no seu coração.
4. Queria sair pelo mundo gritando bem forte que existe o amor. Queria que em todo semblante se abrisse um sorriso igual uma flor.
5. A gente que vive brigando, que vive falando da vida que tem. A vida é um peso suave que a gente carrega do jeito que vem.
6. Eu sinto que a vida da gente parece uma história na mesa do altar. Um pão repartido com todos, louvor que se oferta no dom de se dar.
sábado, 19 de novembro de 2011
Cristo, rei do universo
A Igreja encerra o Ano Litúrgico da Igreja com a festa de Cristo Rei, coroando toda essa jornada.
Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial.
O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: ”Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8) Ressalta a restauração e a reparação universal realizada em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história. Nessa festa, celebra-se também nossa participação no Reino de Deus, sob a condição de aderirmos à verdade trazida por Jesus, pela qual somos caminheiros que se dirigem à Casa do Pai, para participarmos da mesa do Reino e de assumirmos o compromisso do Evangelho.
A celebração, fechando o Ano Litúrgico, traz para nós cristãos a reflexão em torno da vida de Jesus que significa para nós a salvação, onde impera no mundo o pecado.
Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei, e Ele responde que seu reino não é deste mundo de injustiça, ódio, morte e dor.Ele é rei do reino de seu Pai que, como pastor, guia a sua Igreja neste mundo para o reino celeste. Por isso, fazer parte desse Reino é fazer comunhão com Ele, transformar o mundo em que vivemos.
Jesus Cristo é rei e pastor que nos leva ao Reino de Deus, que nos tira das trevas do erro e do pecado, que nos guia para a plena comunhão com o Pai pelo amor. Jesus nos aponta como “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6) para que possamos imitá-lo mesmo diante de nossas fraquezas e medos, morrer com Ele para participarmos de sua vitória.
Olhando o nosso mundo, vemos o sofrimento de tantos irmãos que trazem consigo a cruz de Cristo, como sinal de vitória e de redenção do mundo. Mesmo diante das nossas aflições, dores, angustias e injustiças, não podemos ser derrotados, mesmo quando estivermos sozinhos, quando nos sentimos abandonados como os discípulos abandonaram Jesus. Portanto a amargura não poderá tomar conta de nosso coração. Não podemos querer entender a Deus em seu mistério, nem duvidar de seu amor para com todos, mas acolher tudo por amor a Deus, como festa de um grande banquete do qual um dia participaremos na eternidade.
Bem-aventurados aqueles que sofrem, são perseguidos e padecem todo tipo de injustiças, pois como servo bom e fiel, um dia acolhido por Jesus na mesa do Reino, será bendito. E Ele passando servirá aqueles que souberam viver a justiça, a caridade e fazer o bem na vida dos irmãos.
É a grande promessa de Jesus para nós, filhos benditos do Pai: sua realeza não é deste mundo, por isso devemos anunciar a verdade libertando os homens do pecado, dando-lhes uma verdadeira conversão do coração.
Jesus é a testemunha fiel da verdade, isto é , seu desígnio de salvação do mundo. Veio revelar com a própria vida o grande sacrifício da cruz, da sua paixão e morte por amor, nessa mesma cruz pela qual Ele atrairá todos ao seu coração. Tudo por amor, fonte primeira de união com Deus, Ele desfaz as injustiças em liberdade, tornando grande sacerdócio do povo santo de Deus em que cada um se santifica no mundo.
Ser cristão é construir o Reino de Cristo no mundo através do serviço gratuito e fraterno, humilde, deixando-se fazer a vontade do Pai. Você está disposto a fazer acontecer o Reino? De que maneira?
Junto com a solenidade de Cristo Rei, celebra-se o Dia do Leigo e da Leiga, que possuem uma vocação especial, muitas vezes esquecida. Ser leigo e leiga no mundo de hoje é um desafio. Os cristãos leigos ocupam diversos serviços na vida da Igreja e assumem uma vocação particular de constituir família e ser testemunho no meio dos outros, como pedras vivas da Igreja, trabalhadores do Reino Cristo-Rei.
Padre José Cipriano Ramos Filho é pároco da Paróquia São José, em Santa Bárbara D’Oeste
terça-feira, 1 de novembro de 2011
"Os católicos da Globo"
É bom não perder de vista o que a Rede Globo anda dizendo dos católicos. É triste, muito triste mesmo... e parece que a Igreja não tem se dado conta disso, não tem protestado, antes, tem subestimado o poder destruidor desta atitude dos programas televisivos globais.
Pensemos em alguns exemplos concretos. Na novela das 18 horas, vejam-se os católicos praticantes que nos são apresentados: uma carola perversa, auto-suficiente e vaidosa, rezadeira, de uma oração completamente desvinculada do Evangelho. O padre da novela é bonzinho... mas completamente insensível aos pobres: a eles não vai, para eles não liga, neles não acredita... Na novela das 19 horas há um anjo... que é uma piada, uma verdadeira vulgarização e um desrespeito à idéia que os cristãos têm dos anjos. Às 20 horas temos uma mãe-de-santo sábia, prudente, humana e sensível... e temos quatro carolas católicas insuportáveis: afetivamente frustradas, fofoqueiras, sem misericórdia nem nenhum sentido de nobreza de sentimentos. O prefeito municipal, um tirano corrupto e amoral apareceu na novela sendo crismado, por um bispo que tranqüilamente fazia papel do palhaço, como o padre da novela, que só aparece para abençoar casamentos de quem vai ao terreiro, vive tranqüilamente suas relações pré-matrimoniais e nenhuma importância dá à vida cristã. A celebração de um matrimônio católico, nas novelas da Globo, dá a impressão de um simples evento social, sem nenhum conteúdo sério de vida cristã. Um, que houve recentemente na novela das oito, foi um circo...
De modo geral, a idéia que se passa na Globo de uma pessoa religiosa católica, de um católico praticante, é um neurótico, que tem tendência a uma religiosidade fanática e hipócrita, cheio de recalques, preconceitos e bitolamentos... alguém insensível ao amor ao próximo, à solidariedade e a uma experiência de Deus que seja profunda, madura, construtiva e aberta aos outros... Quem é de comunhão dominical, quem vai à igreja não presta, não é sincero, não é maduro e livre humanamente. Os bons, retos e sinceros, são os que não praticam a fé católica e têm sua própria moralzinha de cozinha.
Será exagero, essa avaliação? Pense, você que lê este editorial: qual a última vez que você viu um católico verdadeiro, um católico como os católicos de carne e osso que temos em nossas comunidades? Qual a última vez que viu um moço ou uma moça normais querendo servir a Deus na vida sacerdotal ou religiosa, um casal querendo verdadeiramente buscando ter um namoro ou um matrimônio cristãos? Nem force a memória... você não vai recordar mesmo...
Os autores de novelas em geral argumentam dizendo que se trata somente de diversão, de sátira, de brincadeira... Mentira! Eles formam opinião, eles imprimem imagem... e vai ficando, no inconsciente dos jovens, sobretudo, que ser cristão católico é ser caricatura de gente, rebotalho de humanidade... Como se entusiasmar por uma religião que engendra gente desse jeito? Como admirar uma fé assim? Enquanto isso, na novela “Estrela Guia” o esoterismo de sabor oriental foi exaltado em prosa e verso! Viva o Dalai Lama! viva não sei quem! Abaixo Jesus Cristo e sua Igreja!
Os autores dizem também que, nas novelas, nada mais fazem que retratar a vida... Outra mentira! A grande maioria das pessoas não é como os personagens de novela: nosso povo tem uma moral muito mais elevada e valores muito mais arraigados que aquilo que a tevê Globo deseja mostrar. As novelas não retratam a realidade; elas, perigosamente, buscam formar, plasmar tal realidade... uma realidade não somente acristã, mas também anti-cristã! Que o digam, fora das novelas e também da Globo, o Xuxa, perversora de menores, a Hebe, cínica, o Gugu e companhia...
Será que nós, católicos continuaremos passivos, vendo esse linchamento sutil de nossa fé e de nossa Mãe católica? Seria tão bom pronunciamentos do Episcopado brasileiros e até de Bispos individualmente protestando contra tal situação! Se se agride qualquer instituição, o protesto logo vem... Protesta-se contra a Igreja e a resposta é o silêncio... Isso não é bom... Isso é subestimar o perigo e superestimar as próprias forças... Isso pode ser omissão...
Artigo do nosso grandioso bispo Dom Henrique Soares da Costa.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Alimentos puros e impuros?
Que pensar das proibições alimentares apresentadas no Livro do Levítico (carnes impuras, carne de porco...)? O que a Igreja católica diz sobre isto? O que mudou com a vinda de Jesus? O que permaneceu e o que foi abolido das leis antigas? Este texto tem alguma relação com At 15,26-29? (Washington)
No judaísmo, pautado pela Lei de Moisés, havia e há, ainda hoje, uma rígida distinção entre alimentos puros e impuros. Ora, para o cristianismo tal distinção não tem mais nenhum valor. O próprio Jesus afirma isto claramente: “‘Nada há no exterior do homem que, penetrando nele, o possa tornar impuro...’ Assim ele declarava puros todos os alimentos” (Mc 7,14.19). Mais tarde, os Atos dos Apóstolos confirmam a mesma idéia (cf. At 10,9-16). Também o texto que você citou, At 15,26-29. E São Paulo, principalmente, insiste que tal distinção foi totalmente superada em Cristo. Somente um exemplo: “Ninguém vos julgue por questões de comida e de bebida, ou a respeito de festas anuais ou de lua nova ou de sábados, que são apenas sombra de coisas que haviam de vir, mas a realidade é o corpo de Cristo. Se morrestes com Cristo para os elementos do mundo, por que é que vos sujeitais, como se ainda vivêsseis no mundo, a proibições como ‘não pegues, não proves, não toques’” (Cl 2,16-17.20-21). Observe que aqui o Apóstolo faz uma afirmação importantíssima: todas as observâncias da Lei de Moisés eram apenas sombra (isto é, profecia, preparação pedagógica) para a Realidade. E qual é a Realidade? É o Cristo ressuscitado, presente no seu Corpo, que é a Igreja. A Realidade não é o povo de Israel, não é a Lei de Moisés, mas o novo povo de Deus, que é a Igreja, Corpo de Cristo: a Realidade é o Corpo de Cristo! São Paulo considera totalmente ultrapassada a guarda do sábado, a distinção entre animais puros e impuros e todas as observâncias judaicas.
E por que isto? Primeiramente, porque Cristo renova todas as coisas, pela sua morte e ressurreição e reconcilia tudo com o Pai: “Eis que eu faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). O próprio São João vai dizer: “Vi um novo céu e uma nova terra” (Ap 21,1). Ora, na criação renovada em Cristo, já não há lugar para afirmar que alguma coisa é impura. Isso seria diminuir a obra de Cristo, seria afirmar que algo na criação ficou fora da sua salvação, da força da sua cruz!
Mas tem mais. Não foi somente um ou outro ponto que Jesus aboliu na Lei de Moisés. É toda a Lei de Moisés que, com Jesus, está superada! Atenção: superada, não abolida! Compreendamos. São Paulo diz que a Lei era nossa pedagoga, isto é, nos preparava para o Cristo. Agora que o Cristo chegou, ela não tem mais utilidade (cf. Gl 3,24). Como o pedagogo levava a criança até a escola e a deixava lá, assim, a Lei conduziu o povo de Israel a Cristo. Tudo quanto ela prometera, cumpriu-se em Cristo. Ela já não tem mais utilidade. Veja bem: ela não passou, não foi anulada, não caiu de podre! Ela foi cumprida, isto é, realizada plenamente e, por isso mesmo, não tem mais utilidade. Como um botão, que se cumpre na rosa e passa; como um treino, que se cumpre no dia da partida e passa; como um ensaio, que se cumpre no dia do show e passa! Jesus disse que jamais um iota da Lei iria passar, sem que tudo se cumprisse! Pois bem: ele cumpriu tudo! Exemplos? Eis alguns: a travessia do povo no deserto, cumpriu-se na travessia da Igreja pelo deserto do mundo, o maná cumpriu-se na Eucaristia, a travessia do Mar Vermelho cumpriu-se no Batismo, Jerusalém, o povo de Israel, Sião, cumpriram-se na Igreja, Adão, Isaac, Davi cumpriram-se em Jesus, o sábado cumpriu-se no domingo, a serpente do deserto cumpriu-se no Cristo crucificado, os dez mandamentos cumpriram-se na nova lei, que é o Espírito Santo de Amor...
Isto é muito importante! Quando as seitas protestantes pentecostais ficam tomando preceitos do Antigo Testamento, como a questão de imagens, de guardar o sábado, de não fazer transfusão de sangue, de batizar nas águas e de outras coisas, elas, no fundo estão negando que Cristo cumpriu a Lei! Se é assim, então que se tornem judeus! É isto que São Paulo diz aos gálatas. Leia a Epístola! Isto é central no cristianismo: nós não temos mais nenhuma obrigação de cumprir os preceitos do Antigo Testamento! A única lei nossa é a lei do Novo Mandamento, a lei do amor: amar a Deus e aos irmãos como Jesus... até a morte, até dar a vida! “Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o outro, cumpriu a Lei. Portanto, a caridade (= o amor) é a plenitude da Lei” (Rm 13,8-10).
Fica ainda uma questão. Se não mais estamos obrigados a cumprir o Antigo Testamento, por que a Igreja o conserva? Por que o lê na Santa Missa? Ora, o Antigo Testamento tem quatro utilidades: (1) dá testemunho de Cristo, mostrando como o Pai prometeu e preparou tudo para o seu Filho, de modo que Jesus foi anunciado e esperado; (2) mostra a fidelidade amorosa de Deus que, na sua misericórdia, conduziu e perdoou Israel e, assim, nos faz amar mais o Senhor e nele confiar; (3) mostra os pecados e infidelidades de Israel e, assim, nos dá lições, pois nos previne e revela também nossas fraquezas, (4) ajuda-nos na piedade para com Deus. Basta! Além disso, não se deve pedir nada mais do Antigo Testamento!
Dom Henrique Soares da Costa - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju.
Dom Henrique Soares da Costa - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O que é purgatório?
Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12´13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório. Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo: "Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu" (CIC, §1030). Logo, as almas do Purgatório "estão certas da sua salvação eterna", e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II: "Mesmo que a alma tenha de sujeitar´se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus."(Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27 de 07/7/91) O Catecismo da Igreja ensina que: "A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438´1445) e de Trento (1545´1563)" (§ 1031). "Este ensinamento baseia´se também sobre a prática da oração pelos defundos de que já fala a Escritura Sagrada: 'Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado' (2 Mac 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos"(§1032). Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra´se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: "Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado". (2 Mac 12,44s) Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Todo homem foi criado para participar da felicidade plena de Deus (cf. CIC, §1), e gozar de sua visão face´a´face. Mas, como Deus é "Três vezes Santo", como disse o Papa Paulo VI, e como viu o profeta Isaías (Is 6,8), não pode entrar em comunhão perfeita com Ele quem ainda tem resquícios de pecado na alma. A Carta aos Hebreus diz que: "sem a santidade ninguém pode ver a Deus" (Hb 12, 14). Então, a misericórdia de Deus dá´nos a oportunidade de purificação mesmo após a morte. Entenda, então, que o Purgatório, longe de ser castigo de Deus, é graça da sua misericórdia paterna. O ser humano carrega consigo uma certa desordem interior, que deveria extirpar nesta vida; mas quando não consegue, isto leva´o a cair novamente nas mesmas faltas. Ao confessar recebemos o perdão dos pecados; mas, infelizmente, para a maioria, a contrição ainda encontra resistência em seu íntimo, de modo que a desordem, a verdadeira raíz do pecado, não é totalmente extirpada. No purgatório essa desordem interior é totalmente destruída, e a alma chega à santidade perfeita, podendo entrar na comunhão plena com Deus, pois, com amor intenso a Ele, rejeita todo pecado. Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor "receberá uma recompensa"; mas, se não resistir, o seu autor "sofrerá detrimento", isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador "se salvará, mas como que através do fogo", isto é, com sofrimentos. O fogo neste texto tem sentido metafórico e representa o juízo de Deus (cf. Sl 78, 5; 88, 47; 96,3). O purgatório não é de fogo terreno, já que a alma, sendo espiritual, não pode ser atingida por esse fogo. No purgatório a alma vê com toda clareza a sua vida tíbia na terra, o seu amor insuficiente a Deus, e rejeita agora toda a incoerência a esse amor, vencendo assim as paixões que neste mundo se opuseram à vontade santa de Deus. Neste estado, a alma se arrepende até o extremo de suas negligências durante esta vida; e o amor a Deus extingue nela os afetos desregrados, de modo que ela se purifica. Desta forma, a alma sofre por ter sido negligente, e por atrasar assim, por culpa própria, o seu encontro definitivo com Deus. É um sofrimento nobre e espontâneo, inspirado pelo amor de Deus e horror ao pecado.
O grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (1567´1655), tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava, já na idade média, que "é preciso tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório".
Eis o que ele nos diz:
1. As almas alí vivem uma contínua união com Deus.
2. Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar´se no inferno a apresentar´se manchadas diante de Deus.
3. Purificam´se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.
4. Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5. São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.
6 Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
7. São consoladas pelos anjos.
8. Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.
9. As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.
10. Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama´lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
11. O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor. ( Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981)
Pensamentos Consoladores sobre o Purgatório
O grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (1567´1655), tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava, já na idade média, que "é preciso tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório".
Eis o que ele nos diz:
1. As almas alí vivem uma contínua união com Deus.
2. Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar´se no inferno a apresentar´se manchadas diante de Deus.
3. Purificam´se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.
4. Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5. São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.
6 Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
7. São consoladas pelos anjos.
8. Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.
9. As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.
10. Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama´lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
11. O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor. ( Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981)
domingo, 23 de outubro de 2011
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2011
PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2011
«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)
Por ocasião do Jubileu do Ano 2000, o Venerável João Paulo II, no início de um novo milénio da era cristã, afirmou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho «com o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 58). É o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por isso, o mesmo convite ressoa todos os anos na celebração do Dia Missionário Mundial. Com efeito, o anúncio incessante do Evangelho vivifica também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais a fim de que sejam cada vez mais apropriados às novas situações — inclusive as que exigem uma nova evangelização — e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).
Ide e anunciai
Este objectivo reaviva-se continuamente através da celebração da liturgia, em especial da Eucaristia, que se conclui sempre evocando o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: «Ide...» (Mt 28, 19). A liturgia é sempre uma chamada «do mundo» e um novo início «no mundo» para testemunhar o que se experimentou: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Eles, depois de ter reconhecido o Senhor ao partir o pão, «partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze» e contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O Papa João Paulo II exortava a estarmos «vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: “Vimos o Senhor”!» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 59).
A todos
Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. A Igreja «por sua natureza é missionária, visto que, segundo o desígnio de Deus Pai, tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Esta é «a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (Paulo vi, Exort. ap. Evangelii nutiandi, 14). Consequentemente, nunca pode fechar-se em si mesma. Enraíza-se em determinados lugares para ir além. A sua acção, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência da sua graça e caridade, faz-se plena e actualmente presente a todos os homens e a todos os povos para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad gentes, 5).
Esta tarefa não perdeu a sua urgência. Aliás, «a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, ainda está bem longe do seu pleno cumprimento... uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão ainda está no começo e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 1). Não podemos permanecer tranquilos com o pensamento de que, depois de dois mil anos, ainda existam povos que não conhecem Cristo e ainda não ouviram a sua Mensagem de salvação.
Não só mas aumenta o número daqueles que, embora tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e abandonaram, já não se reconhecem na Igreja; e muitos âmbitos, inclusive em sociedades tradicionalmente cristãs, hoje são refratários a abrirem-se à palavra da fé. Está em acto uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, de movimentos de pensamento e de relativismo imperante, uma mudança que leva a uma mentalidade e a um estilo de vida que prescindem da Mensagem evangélica, como se Deus não existisse e exaltam a busca do bem-estar, do lucro fácil, da carreira e do sucesso como finalidade da vida, inclusive em detrimento dos valores morais.
Co-responsabilidade de todos
A missão universal envolve todos, tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. E este dom-empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os baptizados, os quais são «raça eleita... nação santa, povo adquirido» (1 Pd 2, 9), para que proclame as suas obras maravilhosas.
Estão envolvidas também todas as suas actividades. A atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos ou ocasiões particulares, e nem devem ser consideradas como uma das tantas actividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, deve estar sempre presente. É importante que tanto cada baptizado como as comunidades eclesiais se interessem pela missão não de modo esporádico e irregular, mas de maneira constante, como forma de vida cristã. O próprio Dia Missionário não é um momento isolado no decorrer do ano, mas uma ocasião preciosa para nos determos e reflectirmos se e como correspondemos à vocação missionária; uma resposta essencial para a vida da Igreja.
Evangelização global
A evangelização é um processo complexo e inclui vários elementos. Entre estes, uma atenção peculiar da parte da animação missionária sempre foi dada à solidariedade. Este é também um dos objectivos do Dia Missionário Mundial que, através das Pontifícias Obras Missionárias, solicita a ajuda para a realização das tarefas de evangelização nos territórios de missão. Trata-se de apoiar instituições necessárias para estabelecer e consolidar a Igreja mediante os catequistas, os seminários, os sacerdotes; e também de oferecer a própria contribuição para o melhoramento das condições de vida das pessoas em países nos quais são mais graves os fenómenos de pobreza, subalimentação sobretudo infantil, doenças, carência de serviços médicos e para a instrução. Isto também faz parte da missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, ela toma a peito a vida humana em sentido pleno. Não é aceitável, afirmava o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça e à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Não se interessar pelos problemas temporais da humanidade significaria «esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo que sofre e está em necessidade» (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus, o qual «percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todas as enfermidades e doenças» (Mt 9, 35).
Assim, através da participação co-responsável na missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos concedeu, e colabora para a realização do plano salvífico de Deus para toda a humanidade. Os desafios que ela encontra chamam os cristãos a caminhar juntamente com os outros, e a missão faz parte integrante deste caminho com todos. Nela conservamos, embora em vasos de barro, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.
O Dia Missionário reavive em cada um o desejo e a alegria de «ir» ao encontro da humanidade levando Cristo a todos. Em seu nome concedo-vos de coração a Bênção Apostólica, em particular àqueles que mais trabalham e sofrem pelo Evangelho.
Vaticano, 6 de Janeiro de 2011, Solenidade da Epifania do Senhor.
BENEDICTUS PP. XVI
sábado, 22 de outubro de 2011
JOÃO DE DEUS...!!
Hoje a igreja celebra na sua litúrgia a memória do beato Papa João Paulo II, por isso fica aqui essa poesia em sua homenagem.
João de Deus!
Oh Bondoso Semeador
Bendita foi
a Semeadura que fizeste
ao caminhar por esse mundo.!
Semeaste a Paz,
o Entendimento entre os povos,
o Respeito e o Amor ao Próximo.
Mostraste ao mundo, que aos
olhos de DEUS, somos todos irmãos
independente da raça, credo ou nacionalidade.
Oh Bendito Semeador,
Uno-me aos irmãos em Oração,
Para agradecer ao Pai Criador, que
nos ofereceu Alma tão Iluminada
despreendida e perseverante, a nos
ensinar os caminhos para a PAZ!!
Oh Bendito Semeador,
que sua semeadura não tenha
sido em vão, que estas sementes
que espalhaste mundo a fora,
possam germinar e florescer na fé,
no entendimento e na tão esperada PAZ ...!!!!
Obrigado João de Deus!!
Obrigado Papa João Paulo II
Obrigado Semeador da Paz !
Bendita foi
a Semeadura que fizeste
ao caminhar por esse mundo.!
Semeaste a Paz,
o Entendimento entre os povos,
o Respeito e o Amor ao Próximo.
Mostraste ao mundo, que aos
olhos de DEUS, somos todos irmãos
independente da raça, credo ou nacionalidade.
Oh Bendito Semeador,
Uno-me aos irmãos em Oração,
Para agradecer ao Pai Criador, que
nos ofereceu Alma tão Iluminada
despreendida e perseverante, a nos
ensinar os caminhos para a PAZ!!
Oh Bendito Semeador,
que sua semeadura não tenha
sido em vão, que estas sementes
que espalhaste mundo a fora,
possam germinar e florescer na fé,
no entendimento e na tão esperada PAZ ...!!!!
Obrigado João de Deus!!
Obrigado Papa João Paulo II
Obrigado Semeador da Paz !
Fonte: Thais " beijaflor"
Adorar Imagens?
.
Uma das mais frequentes acusações que nós, católicos, sofremos de nossos irmãos
protestantes, é a de praticar a "idolatria", porque, segundo eles, "adoramos" imagens.
Trata-se de uma acusação absolutamente sem fundamento, que somente se explica pelo
desconhecimento da Palavra de Deus. Com efeito, os protestantes falam esse tipo de
coisa dos católicos, muitas vezes com violência e de modo agressivo, simplesmente
porque não sabem o que é idolatria.
protestantes, é a de praticar a "idolatria", porque, segundo eles, "adoramos" imagens.
Trata-se de uma acusação absolutamente sem fundamento, que somente se explica pelo
desconhecimento da Palavra de Deus. Com efeito, os protestantes falam esse tipo de
coisa dos católicos, muitas vezes com violência e de modo agressivo, simplesmente
porque não sabem o que é idolatria.
Idolatria não é o uso de imagens no culto divino, mas prestar a uma criatura o culto de
adoração que devemos exclusivamente a Deus. É por isso que São Paulo Apóstolo
nos adverte que a avareza é uma idolatria (cf. Col 3,5), uma vez que o avarento coloca o
dinheiro no lugar de Deus, como o valor supremo de sua vida.
Todo o comportamento humano depende de valores: é em vista de um determinado valor
que escolhemos agir de um modo ou de outro. Se, por exemplo, preferimos gastar nosso
tempo dando catequese para crianças, é porque essa opção nos pareceu mais valiosa do
que outras.
Assim sendo, a forma como ordenamos as nossas ações vai depender de como
hierarquizamos os valores que adotamos para reger nossas vidas. Se colocamos como
valor supremo o prazer da vida corporal, certamente não poderemos levar uma vida de
pureza e abnegação. Todavia, a forma como hierarquizamos esses valores, em nossa
subjetividade, deve coincidir com a hierarquia objetiva dos valores presente no
universo. Se isto não se der, haverá uma distorção entre a forma com que vemos o
mundo e o próprio mundo.
Repetindo: a nossa hierarquia subjetiva de valores deve coincidir com a ordem objetiva de
valores presente no cosmos. Se não for assim, estaremos dando a certas coisas mais
importância do que elas merecem, enquanto a outras não prestamos o devido valor. Isto é
introduzir a desordem em nossa alma, é quebrar a harmonia que deve existir em nosso
interior.
Ora, o que há de mais importante no universo é Deus, pois é Ele quem o criou e sustenta
no ser. Todo o cosmos depende de Deus para existir. Logo, também em nossa hierarquia
de valores, Deus deve ocupar o primeiro lugar, como valor supremo. Todos os demais
valores e ideais devem submeter-se a ele. Quando colocamos outro bem, valor ou ideal
no lugar que é exclusivo de Deus, destoamos da ordem do cosmos e caímos na idolatria.
Afinal de contas, todo o universo canta a glória de Deus (cf. Sl 18,2). Diz o salmista:
"Louve a Deus tudo o que vive e que respira, / tudo cante os louvores do Senhor!" (Sl
150,5).
Quem, portanto, não coloca a Deus como valor supremo de sua vida, não apenas nega a
adoração exclusivamente a Ele devida, como também prejudica a si próprio. Por isso
Deus ordenou no primeiro mandamento de sua Lei: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te
tirei da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de mim" (Ex
20,2-3). Do mesmo modo o Senhor Jesus, quando repeliu o demônio que o tentava,
repetiu o preceito: "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás" (Mt 4,10).
Todavia, se devemos adorar somente a Deus, isso não significa que não devemos honrar
e invocar seus santos e anjos.
O mesmo Deus que ordenou que adorássemos só a Deus,
também mandou honrar os pais (cf Ex 20,12), as autoridades públicas (cf. Rom 13) os
nossos superiores e as pessoas mais idosas. Prestar honra a essas pessoas, simples
criaturas, em nada prejudica a adoração devida exclusivamente ao Criador.
Se devemos honrar os governantes deste mundo, quanto mais os anjos, de cujo
ministério Deus se serve para governar não só a Igreja, como também todas as coisas
criadas.
Foi por isso que Abraão prostrou-se diante dos três anjos que lhe apareceram em
forma humana, para anunciar o nascimento de seu filho Isaac (cf. Gen 18,2).
Ensina a Igreja e a Sagrada Escritura que desde o início até a morte a vida humana é
cercada pela proteção e intercessão do anjo da guarda: "Eis que eu enviarei o meu anjo,
que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho" (Ex 23,20). Pela invisível assistência dos
anjos, somos quotidianamente preservados dos maiores perigos, tanto da alma como do
corpo. Com a maior boa vontade, patrocinam a nossa salvação e oferecem a Deus as
nossas orações e nossas lágrimas.
O Senhor Jesus advertiu que não se devia dar
escândalo aos pequeninos, porque "seus anjos nos céus vêem incessantemente a face
de seu Pai, que está nos céus" (cf. Mt 18,10). Se os anjos contemplam a Deus sem
cessar, por que não seriam merecedores de grande honra?
Também o culto aos santos, longe de diminuir a glória de Deus, lhe dá o maior incremento
possível. Canta a Virgem Maria no Magníficat que "o Poderoso fez em mim maravilhas"
(Lc 1,49). Quando honramos retamente um santo, proclamamos as maravilhas que a
graça de Deus operou na vida dele. Como se diz no Prefácio dos Santos, "na assembléia
dos santos vós sois glorificado e, coroando seus méritos, exaltai vossos próprios dons". A
santidade que veneramos nos homens santos é dom do único Santo. Honrando os
santos, glorificamos a Deus que os santificou.
Deus é um Pai amoroso, a quem muito agrada ver seus filhos intercedendo uns pelos
outros. Ademais, quis associar suas criaturas na obtenção e distribuição de suas graças.
Muitas coisas Deus não as concede, se não houver a intervenção de um intercessor. Para
que os amigos de Jó fossem perdoados, por exemplo, foi necessária a sua intercessão:
"O meu servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua intercessão para que se não vos
impute esta estultícia, porque vós não falastes de mim o que era reto" (Jó 42,8). Também
não é sinal de falta de fé em Deus, recorrermos à intercessão dos santos em nossas
orações. O centurião, por exemplo, recorreu à intercessão dos anciãos dos judeus (cf. Lc
7,3) para que Jesus curasse seu servo, mas nem por isso o Senhor deixou de enaltecer
sua fé com os maiores elogios: "Em verdade vos digo que não encontrei tanta fé em
Israel" (Lc 7,9).
É verdade que temos um único Mediador na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor. Só
Ele nos reconciliou com o Pai pelo oferecimento de seu precioso sangue, entrando uma
só vez no Santo dos Santos, consumou uma Redenção eterna (cf. Hebr 9,11-12) e não
cessa de interceder por nós (cf. Hebr 7,25).
Todavia, o fato de termos um único Mediador
de Redenção, não significa que não podemos ter junto dele outros mediadores de
intercessão. Se recorrer à intercessão dos santos prejudicasse a glória devida
unicamente a Cristo Mediador, o Apóstolo Paulo não pediria, com tanta insistência, que
seus irmãos rezassem por ele: "Rogo-vos, pois, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e
pela caridade do Espírito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a
Deus" (Rom 15,30). "Se vós nos ajudardes também, orando por nós..." (2Cor 1,11). Se as
orações dos que vivem nesta terra são úteis e eficazes para que sejamos ouvidos por
Deus, quem dirá as orações daqueles que já estão em glória, contemplando a Deus face
a face.
No livro dos Atos dos Apóstolos, conta-se que "Deus fazia milagres não vulgares por mão
de Paulo, de tal modo que até, sendo aplicados aos enfermos os lenços e aventais que
tinham tocado no seu corpo, não só saiam deles as doenças, mas também os espíritos
malignos se retiravam" (At 19,11-12). E também que "traziam os doentes para as ruas e
punham-nos em leitos e enxergões, a fim de que, ao passar Pedro, cobrisse ao menos a
sua sombra algum deles" (At 5,15). Se as vestes, os lenços e a sombra dos santos, já
antes de sua morte, removiam doenças e expulsavam demônios, quem será louco de
dizer que Deus não possa fazer os mesmos milagres por intermédio deles, depois de
mortos?
E também disso as Sagradas Escrituras dão testemunho, quando se narra o
episódio do cadáver lançado na sepultura do profeta Eliseu: "Logo que o cadáver tocou os
ossos de Eliseu, o homem ressuscitou e levantou-se sobre os seus pés" (2Rs 13,21).
Todavia, se devemos honrar e venerar os santos e anjos como fiéis servidores do Senhor,
é gravíssimo pecado colocá-los no lugar de Deus, prestando-lhes culto de adoração.
Este abuso é estranho a verdadeira doutrina católica.
Quanto às imagens, é verdade que o Antigo Testamento proibia que fossem feitas: "Não
farás para ti imagem alguma do que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra,
nem do que há nas águas debaixo da terra" (Ex 20,4). Todavia, precisamos compreender
a razão desta proibição.
Os hebreus viviam no meio de povos idólatras, cujos deuses eram concebidos como
tendo formas visíveis, muitas vezes com figura de animais. Para ressaltar a
transcendência e a espiritualidade do Deus verdadeiro, este preceito proibia que os
israelitas representassem a divindade com imagens. Com efeito, Deus em si mesmo não
está ao alcance da nossa vista: é um ser puramente espiritual, não tem corpo, não cabe
nos limites do espaço, nem pode ser representado por nenhuma figura. "Não vistes figura
alguma no dia em que o Senhor vos falou sobre o Horeb do meio do fogo" (Dt 4,15).
Todavia, a encarnação do Filho de Deus superou a proibição de se fazer imagens. Isso
porque, quando "o Verbo se fez carne, / e habitou entre nós" (Jo 1,14), Ele se tornou
visível a nós como homem. Invisível em sua divindade, Deus se tornou visível na
humanidade de nossa carne. Como diz o Prefácio do Natal do Senhor, "reconhecendo a
Jesus como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que não
vemos".
A diferença do cristianismo com todas as outras as religiões é que o nosso Deus se
fez homem. O centro da Fé cristã é o mistério de Jesus Cristo, Deus e homem
verdadeiro. Perfeitamente homem, sem deixar de ser Deus. Mesmo depois da
Ressurreição, o Cristo manteve a sua natureza humana na sua integridade e perfeição,
como fez questão de sublinhar aos Apóstolos: "Olhai para as minhas mãos e pés, porque
sou eu mesmo; apalpai, e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós
vedes que eu tenho" (Lc 24,39). Até hoje, no Céu, dentro do peito de Jesus bate
incessantemente um coração de carne, em suas veias corre sangue verdadeiramente
humano.
Jesus Cristo é "a imagem visível de Deus invisível" (cf. Col 1,15). Se antes eu não podia
fazer imagens de Deus, pois enquanto tal Ele é invisível; após a Encarnação do Verbo eu
não apenas posso como devo fazer imagens, para atestar que Deus se fez visível aos
olhos dos homens. Ensina São João Damasceno: "Quando virmos aquele que não tem
corpo tornar-se homem por nossa causa, então poderemos executar a representação de
seu aspecto humano. Quando o Invisível, revestido de carne, torna-se visível, então
representa a imagem daquele que apareceu..."
Assim sendo, toda vez que honramos uma imagem sagrada, damos testemunho da nossa
Fé no mistério da Encarnação do Filho de Deus. Portanto, quem renega as imagens, de
certo modo atenta contra a fé nesse mistério. Este foi o critério que São João propôs para
discernir o anticristo: "Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne, é de
Deus; todo espírito que divide Jesus, não é de Deus, mas é um anticristo, do qual vós
ouvistes que vem, e agora está já no mundo" (1Jo 4,2-3).
Rejeitar as imagens sagradas é voltar à Antiga Lei, quando Deus ainda não tinha se feito
homem. Quem defende isso, para ser coerente, deve também praticar a circuncisão e
guardar o sábado, como é prescrito na Lei de Moisés. Para essas pessoas, o Cristo não
veio ainda.
Portanto, beijar uma imagem ou acender diante dela uma vela não são práticas
idolátricas, mas atos de piedade. Somente pessoas ignorantes, que não compreendem os
dogmas da Fé em seu verdadeiro sentido, podem ter a audácia de chamar de idolatria
essas práticas.
Quem venera uma imagem, venera a pessoa que nela está representada. Aquilo que a
Bíblia nos ensina com palavras, as imagens nos anunciam com figuras visíveis. A imagem
re+presenta, ou seja, torna presente a pessoa simbolizada. Por isso podemos rezar
diante das imagens como se estivéssemos diante das personagens que elas
representam. Todavia, não podemos confundir essa presença, que é meramente uma
presença simbólica, com a presença real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento
da Eucaristia. Na imagem Jesus está presente como em um símbolo, na Eucaristia como
realidade substancial. Por isso, diante do Santíssimo Sacramento fazemos genuflexão,
diante de uma imagem fazemos o sinal-da-cruz ou uma simples reverência de cabeça.
Prefácio dos Santos, I
(Missal Romano)
Na verdade, é justo e necessário,
é nosso dever e salvação dar-vos graças,
sempre e em todo lugar,
Senhor, Pai santo,
Deus eterno e todo-poderoso.
Na assembléia dos santos vós sois glorificado
e, coroando seus méritos, exaltai vossos próprios dons.
Nos vossos santos ofereceis
um exemplo para a nossa vida,
a comunhão que nos une,
a intercessão que nos ajuda.
Assistidos por tão grandes testemunhas,
possamos correr, com perseverança,
no certame que nos é proposto
e receber com eles a coroa imperecível,
por Cristo, Senhor Nosso.
Enquanto esperamos a glória eterna,
com os anjos e todos os santos,
nós vos aclamamos,
cantando a uma só voz:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Hosana nas alturas!
(Missal Romano)
Na verdade, é justo e necessário,
é nosso dever e salvação dar-vos graças,
sempre e em todo lugar,
Senhor, Pai santo,
Deus eterno e todo-poderoso.
Na assembléia dos santos vós sois glorificado
e, coroando seus méritos, exaltai vossos próprios dons.
Nos vossos santos ofereceis
um exemplo para a nossa vida,
a comunhão que nos une,
a intercessão que nos ajuda.
Assistidos por tão grandes testemunhas,
possamos correr, com perseverança,
no certame que nos é proposto
e receber com eles a coroa imperecível,
por Cristo, Senhor Nosso.
Enquanto esperamos a glória eterna,
com os anjos e todos os santos,
nós vos aclamamos,
cantando a uma só voz:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Hosana nas alturas!
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Nota Minha: Portanto meus caros irmãos em Cristo, não tenham medo de ter, nem de rezar diante das imagens, faça em sua casa seu altarzinho, seu lugar reservado para orações, pois Jesus fica muito feliz de saber que você se preocupa em reservar na sua morada um espaço para ele.
Tenha sempre um crucifixo em sua casa, e olhe todo dia para ele e diga “foi por mim que ele se entregou naquela cruz", pois, essa pratica te ensinará a amar mais a Nosso Senhor.
Salve Maria!
Fonte: Rodrigo R. Pedroso
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Perdão, coisa de gente inteligente
O portador do ódio é sempre o mais prejudicado
Uma de nossas reações mais comuns diante do sofrimento é a busca de justificativas e de culpados para tais situações. Não é fácil lidar com a dor, mais difícil ainda é enfrentar perdas e injustiças. Qual o pai que, ao perder seu filho em um assassinato, não ficará revoltado? A dor humana é compreensível e não pode ser pormenorizada, porém, precisamos aprender a trabalhá-la em nós.
Diante da injustiça, a mágoa e a revolta são consequências reais, contudo, a história nos revela que tais realidades são apenas consequências da dor e não um remédio para ela.
A violência sempre gerará mais violência, desencadeando assim um gradativo processo de disseminação do ódio, o qual, por sua vez, nunca encontrará o seu fim.
Mas como finalizar esses processos inaugurados pelo ódio? Para a violência se ausentar faz-se necessário a consciência de que um dos lados precisará ceder, perdoando.
Somos muito orgulhosos, em consequência do pecado original enraizado em nós e, por vezes, contemplamos as situações somente a partir do ângulo de nossas próprias razões. Nunca queremos dar o “braço a torcer” e queremos sempre ter a razão nas situações. E, muitas vezes, até a [razão] possuímos mesmo, contudo, “amar significa perder para ganhar” e perdoar é abrir mão da própria razão por uma realidade mais nobre.
Por mais injustiça que tenhamos experienciado, a atitude mais racional diante dessa realidade é o perdão. Por quê? Porque a mágoa nos torna pequenos e empobrecidos demais, além de ser a raiz de inúmeras enfermidades (segundo muitas comprovações científicas). O portador do ódio é sempre o mais prejudicado. Quando estamos magoados pensamos na pessoa que nos causou a dor durante as 24 horas do dia e acabamos por “aprisioná-la” dentro de nós.
Aquele que alimenta o ódio enxerga apenas a si mesmo e o seu sofrimento, fragmentando assim a própria existência e deixando de lado outras realidades essenciais. Quem vive magoado não tem qualidade de vida, não tem paz…
Perdoar é extinguir a trama de angústias que o ódio produz em nós, é libertar-se para descobrir a beleza até mesmo na desventura.
Sei que, em determinadas situações, o perdão não é coisa fácil, porém, perdoar é uma questão de decisão e não de sentimento. A graça de Deus não nos desampara, ela está sempre pronta a auxiliar aqueles que desejam verdadeiramente viver a reconciliação.
Não percamos mais tempo: libertemo-nos de toda mágoa! Existe muita vida para se viver e ainda muita alegria/realização para se conquistar.
Coragem!
Padre Adriano Zandoná
Comunidade Canção Nova
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Súplica ao Santo Padre Bento XVI pelo Ano Mariano em 2012 – 2013
Um ano Mariano
A Sua Santidade Papa Bento XVI
Beatissime Pater,
No desejo de contribuir com a santificação dos cristãos e com a Nova Evangelização, vimos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013.
Sugerimos esta data por ela marcar os 25 anos do último Ano Mariano proclamado pelo Servo de Deus João Paulo II e por comemorar os 300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luis Maria Montfort, obra tão amada e recomendada pelo próprio Servo de Deus João Paulo II.
Somos testemunhas dos frutos de graça e santidade que a proclamação do Ano Sacerdotal, feita por Vossa Santidade, fez brotar para a Igreja do mundo inteiro. Por esta razão, sugerimos humildemente que um Ano Mariano poderia ser uma grande oportunidade para reavivar a Devoção a Toda Santa Mãe de Deus no coração dos fiéis e propagar a prática da “Consagração Total a Jesus por Maria”, como é ensinado pelo próprio São Luis, e como o Servo de Deus João Paulo II viveu e testemunhou.
Voltamo-nos a Vossa Santidade, com confiança, exercendo o que pensamos ser o nosso deve de manifestar aos nossos Sagrados Pastores os nossos anseios e necessidades espirituais (cf. cân. 212).
Aproveitamos a ocasião para manifestar a Vossa Santidade nossa mais completa fidelidade e devoção filial.
Convidamos a assistir ao vídeo do reverendíssimo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
(Arquidiocese de Cuiabá-MT), a respeito desta Petição
Clique aqui para assinar a petição: http://anomariano.com/
Beatissime Pater,
No desejo de contribuir com a santificação dos cristãos e com a Nova Evangelização, vimos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013.
Sugerimos esta data por ela marcar os 25 anos do último Ano Mariano proclamado pelo Servo de Deus João Paulo II e por comemorar os 300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luis Maria Montfort, obra tão amada e recomendada pelo próprio Servo de Deus João Paulo II.
Somos testemunhas dos frutos de graça e santidade que a proclamação do Ano Sacerdotal, feita por Vossa Santidade, fez brotar para a Igreja do mundo inteiro. Por esta razão, sugerimos humildemente que um Ano Mariano poderia ser uma grande oportunidade para reavivar a Devoção a Toda Santa Mãe de Deus no coração dos fiéis e propagar a prática da “Consagração Total a Jesus por Maria”, como é ensinado pelo próprio São Luis, e como o Servo de Deus João Paulo II viveu e testemunhou.
Voltamo-nos a Vossa Santidade, com confiança, exercendo o que pensamos ser o nosso deve de manifestar aos nossos Sagrados Pastores os nossos anseios e necessidades espirituais (cf. cân. 212).
Aproveitamos a ocasião para manifestar a Vossa Santidade nossa mais completa fidelidade e devoção filial.
Convidamos a assistir ao vídeo do reverendíssimo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
(Arquidiocese de Cuiabá-MT), a respeito desta Petição
Clique aqui para assinar a petição: http://anomariano.com/
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Deus é o senhor da historia humana
Nem sempre entendemos os caminhos que nos libertam e salvam
O ser humano tem seu verdadeiro significado quando vive o processo de liberdade, condição necessária para atingir a salvação proposta por Deus. Esta liberdade, que deve ser própria e íntima de cada pessoa, pode acontecer até numa situação de escravidão.
A liberdade interior existe também sem a presença da fé em Deus para quem não tem formação nesta área. O Senhor pode usar de pessoas, até no contexto político, para realizar a salvação do ser humano. Nem sempre entendemos os caminhos que libertam e salvam.
A liberdade interior existe também sem a presença da fé em Deus para quem não tem formação nesta área. O Senhor pode usar de pessoas, até no contexto político, para realizar a salvação do ser humano. Nem sempre entendemos os caminhos que libertam e salvam.
Deus é o Senhor da história em todos os tempos e a conduz de formas diversas. Isto Ele faz até usando maneiras diferentes do nosso modo de agir. A marca principal é a honestidade, nos termos do “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, vendo aí autoridade religiosa e política.
Temos que reconhecer a autenticidade da autoridade verdadeiramente constituída, mas não podemos nos conformar com atos de injustiça praticados por elas nas comunidades. Sua ação não pode estar acima do poder de Deus e tomando o seu lugar. Sendo assim, seus atos tornam-se desumanos.
Temos que reconhecer a autenticidade da autoridade verdadeiramente constituída, mas não podemos nos conformar com atos de injustiça praticados por elas nas comunidades. Sua ação não pode estar acima do poder de Deus e tomando o seu lugar. Sendo assim, seus atos tornam-se desumanos.
Toda autoridade legítima, que age para o bem comum, passa a ser representante de Deus. Ela não pode se proclamar divina, agindo acima dos princípios de Deus com injustiça e desonestidade. Não pode ser uma autoridade de idolatria do poder temporal, que se acha dona da vida e da realização das pessoas.
Nenhuma autoridade constituída na história dos povos é eterna e absoluta a ponto de impedir a realização do plano de Deus. Podemos sim escolher colaborar ou não com esse plano. É uma questão de livre arbítrio, isto é, de ação feita por uma autoridade ou por uma pessoa simples do povo.
Nenhuma autoridade constituída na história dos povos é eterna e absoluta a ponto de impedir a realização do plano de Deus. Podemos sim escolher colaborar ou não com esse plano. É uma questão de livre arbítrio, isto é, de ação feita por uma autoridade ou por uma pessoa simples do povo.
Todo pessoa humana foi criada para ser comprometida com a construção do humano, ou de condições necessárias para que todos vivam bem. Mas precisa entender que, por traz de tudo, existe a mão de Deus construindo os eventos históricos.
Assim não podemos confundir autoridade humana com autoridade divina.
Assim não podemos confundir autoridade humana com autoridade divina.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto
Bispo de São José do Rio Preto
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